O coordenador-geral de Oleaginosas e Fibras do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sávio Pereira, avalia que o instrumento utilizado para apoiar a comercialização do sisal garante o preço mínimo ao produtor com custo menor para o governo federal. Até março deste ano, o Ministério da Agricultura apoiou a comercialização da fibra por meio das Aquisições do Governo Federal (AGF).
Atualmente, cerca de 24,5 mil toneladas de sisal fazem parte dos estoques do governo e estão armazenadas na Bahia.
O sisal é uma planta perene originária do México, muito resistente e capaz de se desenvolver em regiões de baixa precipitação e de temperaturas elevadas. As folhas de sisal fornecem fibras de grande resistência e buchas residuais que são empregadas na produção de barbantes, cordas, cordões, cabos, tapetes, tecidos e fios agrícolas utilizados para amarrar feno e cereais para o consumo animal, em países de inverno rigoroso, como os da União Europeia e os Estados Unidos.
No Brasil, a cultura do sisal tem grande impacto no desenvolvimento das regiões semiáridas, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Andressa Beig Jordão, assessora da Coordenação de Oleaginosas e Fibras, conheceu a realidade da comunidade sisaleira, em outubro deste ano. Ela relata que a cultura do sisal surge como alternativa de produção e renda para os pequenos agricultores.
? A atividade exige muita mão-de-obra e contribui para fixação do homem no campo ? acrescenta.