Desde o terremoto de 12 de janeiro de 2010, que atingiu 7 graus na escala Richter, destruindo parte do Haiti, o país recebeu apoio financeiro destinado a vários setores. Cerca de 220 mil pessoas morreram em consequência dos tremores de terra e milhares ficaram desabrigados. Prédios públicos e privados desapareceram sob os escombros.
? Há ainda muito trabalho a fazer para melhorar a segurança alimentar no país. Os resultados positivos [constatados pelas Nações Unidas] confirmam que estamos no caminho certo para permitir aos haitianos um melhor acesso aos alimentos nutritivos ? disse a diretora do Programa Alimentar Mundial (PAM), uma das agências da ONU.
De acordo com agência de notícias das Nações Unidas, uma análise feita no período de 16 de junho a 17 de julho deste ano, mostra um aumento de 17% na produção de feijão e 15% na cultura de arroz, além da melhoria no abastecimento de água no país. Mas foi registrada queda de 4% a 5% nas colheitas de milho e sorgo. A estimativa é de que a importação total de alimentos para o Haiti em 2010/11 chegue a cerca de 711 mil toneladas.
As avaliações foram feitas por técnicos do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do PAM.
? O impacto [do terremoto] sobre os níveis de produção de alimentos poderia ter sido muito pior. O fornecimento de apoio e assistência, com insumos agrícolas, tem ajudado os agricultores afetados ? afirmou o economista da FAO Mario Zappacosta.
De acordo com as Nações Unidas, há projetos de apoio para a distribuição de insumos agrícolas a 72 mil famílias de agricultores nas áreas mais afetadas pelo terremoto do início do ano. Também há distribuição de ferramentas, fertilizantes, bombas de água e sementes de alta qualidade.