Apesar da evolução considerada “relativamente favorável” pela FGV, a nota divulgada nesta terça, dia 27, destaca que o índice ainda está em um patamar baixo em termos históricos. A confiança do consumidor em dezembro de 2008 sofreu uma redução de 14,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, no bimestre dezembro-janeiro, o ICC acumulou variação de 3,5%, abaixo da média de 4,2% verificada no mesmo período dos três anos anteriores. Já no bimestre outubro-novembro, o índice havia recuado 14% contra uma média de crescimento de 4,6% registrada nos anos anteriores.
A avaliação do consumidor sobre a situação presente seguiu a tendência de melhoria experimentada pelo ICC, registrando 106,1 pontos, com crescimento de 1,2% em relação ao mês anterior, quando o índice ficou em 104,8 pontos.
Já a expectativa para o futuro (Índice de Expectativas) evoluiu “favoravelmente”, segundo o levantamento da FGV, atingindo 97,3 pontos em janeiro, depois de registrar em dezembro 93,5 pontos, o pior resultado da série histórica, iniciada em setembro de 2005. Em janeiro, a parcela dos que prevêem melhora elevou-se de 18,3% para 22,5% do total. Por outro lado, a proporção dos que esperam piora da situação reduziu-se de 36,3% para 28,1%.
Ainda segundo o estudo, o quesito que mede a intenção de compra de bens duráveis manteve a tendência de desaceleração, registrando o menor resultado desde o início da série histórica. Entre dezembro e janeiro, a proporção de consumidores que planejam gastar mais com duráveis recuou de 14,0% para 11,0%. Já a parcela dos que pretendem gastar menos aumentou de 34,5% para 35,9%.
A Sondagem de Expectativas do Consumidor é feita a partir de uma amostra de mais de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta dos dados foi realizada entre os dias 2 e 22 de janeiro.