Segundo o executivo, a indústria alimentícia deve estar preparada para atender a uma população mundial que pode chegar a nove bilhões de pessoas em 2050.
? As linhas de envase ficam cada vez mais rápidas e produtivas, mas isso tem de ser feito com menor consumo de água e energia ? analisou Paulo Nigro.
Também sobre a distribuição, o transporte precisa ser repensado de modo a reduzir o uso de combustíveis e gastos logísticos.
De acordo com Nigro, a definição de “segurança alimentar” concebida pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que leva em conta o acesso a uma alimentação nutritiva e suficiente para as pessoas de acordo com suas necessidades e preferências, constitui um desafio para o mercado de alimentos, que terá de adequar seus métodos de produção e armazenagem a consumidores de diferentes países e culturas.
? Temos de lidar com características em evolução como o envelhecimento da população, o maior acesso à tecnologia, a ética no consumo, fatores que estão formando um consumidor mais exigente ? disse.
Para o executivo, esse processo envolve obrigatoriamente maior transparência, confiabilidade e garantia de origem dos alimentos, impulsionando a busca por inovações na rastreabilidade. Ele citou o “Rastreabilidade Ativa”, produto desenvolvido pela Tetra Pak que permitirá que o consumidor possa obter todas as informações sobre um determinado alimento (incluindo fábrica de origem, data de envase, tabela nutricional, entre outras) a partir de um número individual presente em cada embalagem. A partir desse sistema, a indústria também terá o controle de todas as etapas do trajeto do produto, da captação ao consumidor final, podendo fazer um “recall cirúrgico” no caso de problemas em qualquer uma das etapas do processo.