O sistema integra dados hidrometeorológicos e informações necessárias para a execução das análises e definição de alertas, de acordo com o risco de ocorrência de desastres naturais provocados por extremos climáticos.
Conforme o coordenador do Sismaden, Eymar Sampaio Lopes, essa é a primeira versão no Brasil de um software para o monitoramento online e integrado de dados meteorológicos brutos, considerando seus diferentes modelos de análise para a geração de alertas. Outro fator importante é que pessoas leigas também poderão monitorar, por meio de cadastro no site, as análises climáticas em tempo real disponibilizadas no sistema por outros usuários.
A operação do Sismaden, que tem política de utilização livre e pode ser baixado gratuitamente na internet, disponibiliza o acesso a dados atuais de observação e previsão climática, além de gerar modelos matemáticos para a criação de mapas de risco das áreas observadas.
? Qualquer usuário pode fazer o download do software, configurá-lo em sua máquina, montar uma base de dados e começar a monitorar, em tempo real, uma área geográfica de interesse ? explica Lopes.
De acordo com ele, para isso é necessário fazer a associação entre as informações climáticas, como dados sobre chuvas, temperatura e vento, com os mapas fornecidos pelo sistema que representam os planos de riscos aos desastres naturais, como enchentes, deslizamentos de terra, raios, tornados, furacões, tremores de terra e fenômenos de seca.
O banco de dados do Sismaden é elaborado pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Inpe, com informações coletadas em todas as regiões do país, e também pode receber novos dados para a configuração do sistema de acordo com as necessidades de cada usuário. Um alerta é gerado para cada situação de risco detectada e notificações são emitidas.
? Isso ocorre por meio da definição do que chamamos de ‘estado de alerta’, que é dividido em estados de observação, atenção, alerta e alerta máximo, seguindo os padrões de risco utilizados pelos órgãos de defesa civil de todo o mundo. O alerta gerado é enviado para usuários cadastrados por meio de ferramentas como e-mail ou mensagens pelo celular ? disse Lopes.
Os usuários do sistema são divididos em dois grupos: os operadores do sistema, que são as organizações que monitoram a possibilidade de ocorrência de desastres naturais, e os clientes dos alertas ou agentes, que executam as ações preventivas para a diminuição de perdas no caso da ocorrência de um desastre.