O Instituto Soja Livre, que fomenta a produção de soja não-transgênica no Brasil, estima que a área com a oleaginosa convencional em 2022/23 deve ocupar 3% do total. Segundo a entidade, produtores devem ser influenciados pelos “prêmios atrativos e a alta demanda por soja convencional no mercado europeu”.
Em nota, o Instituto Soja Livre cita que, em live recente, o produtor e diretor de relações internacionais da entidade, Endrigo Dalcin, disse que a Europa já começa a demandar um volume de soja convencional que não encontra no mercado. “Com a pandemia, a Índia, nosso maior concorrente, deixou de exportar e abriu esta oportunidade para os agricultores brasileiros”, afirmou.
Ele reforçou que o papel do Instituto Soja Livre é chegar a um ponto de equilíbrio para que toda a cadeia da soja convencional seja adequadamente remunerada e possa existir planejamento. “Atualmente, há falta de produto porque durante três safras os prêmios foram desanimadores. Queremos que os compradores europeus definam contratos mais longos, de dois a cinco anos, para que todos os elos da cadeia possam se planejar, desde o sementeiro até as empresas de armazenagem e logística”, frisou Dalcin.