Distâncias enormes até os principais portos, estradas em condições precárias, escassez de investimentos na malha ferroviária e na implantação de hidrovias. Uma soma de entraves que compromete o desenvolvimento do agronegócio. E o preço é pago a cada safra, com o alto custo do frete. No último mês, por exemplo, o valor para transportar a produção de Rondonópolis, na região sul do Estado, para o Porto de Paranaguá, no Paraná, sofreu reajuste de 20% segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea). Não sai por menos de R$ 157 a tonelada, ou seja, quase R$ 10 por saca.
? Como a colheita se intensificou no fim de fevereiro e início de março, já era esperado o reajuste do frete, para escoar a produção para os principais portos ? afirmou Otávio Celidonio, superintendente do Imea.
Para se livrar destes constantes reajustes, o setor produtivo faz tempo que cobra a diversificação dos modais de transporte e melhorias nas condições das estradas. O Movimento Pró-Logística, criado em 2009 para intensificar essas reivindicações, ganhou corpo com o Prolog-MT.
O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, também ficará à frente do recém criado Instituto Pró-Logística de Mato Grosso até 2012. Ele explica que o objetivo da mudança é legitimar as ações da entidade e contribuir ainda mais para o avanço da infraestrutura do Estado.
? A prioridade é cobrar a implantação da fico, a ferrovia integração Centro-Oeste, prevista no PAC 2, mas também cobrar desenvolvimento de hidrovias, para garantir o escoamento da produção do Estado ? disse Silveira.