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Soja Brasil

La Niña até o verão de 2023 pode levar à quebra de safra de soja no Sul

Relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos divulgado nesta quinta-feira indica prevalência do fenômeno climático nos próximos meses

O fenômeno La Niña, que começou em meados de julho de 2020, vai durar até o verão de 2023. É o que indica o último relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).

Com isso, a safra brasileira de soja no Sul do país pode ser novamente impactada, assim como ocorreu no Rio Grande do Sul e no Paraná no ciclo 2021/22, onde as quebras giraram em torno de 50% da produção. 

Entenda os efeitos do La Niña no Brasil

solo seco La Niña
Foto: Pixabay

Na região Nordeste brasileira, o La Niña persistente pode causar precipitações volumosas e persistentes ao longo de 2022, com leve diminuição em dezembro, mas com retomada ao longo do verão de 2023.

Também está previsto um atraso na chuva de primavera no Centro-Oeste, bem como em parte do Sudeste e do Norte do país. Ainda assim, a umidade atinge a média histórica e, em alguns estados, até ultrapassa.

Redução de chuva

Plantação de soja impactada pela seca. Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural

Modelos meteorológicos indicam redução de chuva na região Sul do Brasil, com aumento dos intervalos e prevalência de tempo seco entre uma precipitação e outra. A exemplo do que aconteceu em 2021, a estiagem pode impactar na fase de enchimento de grãos da soja.

Em algumas cidades do Rio Grande do Sul, tais efeitos de ausência pluviométrica serão sentidos já em outubro. No entanto, a redução da chuva não é em relação ao volume, mas aos intervalos de distribuição.

O La Niña também traz o risco de geada tardia para a região, principalmente entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os mapas climatológicos indicam ondas de frio para o Sul até o final de setembro.

Próximos dias

Foto: Mycchel Legnaghi/ São Joaquim Online

Os próximos dias devem dar continuidade às ondas de frio no Sul do país, dificultando a finalização do plantio dos cereais de inverno na região. Áreas de instabilidade e a chegada de uma frente fria trazem chuva nesta quinta (14) e também na sexta no Rio Grande do Sul.

Assim, do dia 15 até a próxima terça-feira (19), são esperados de 50 mm a 70 mm de chuva no estado, principalmente entre o centro e o sul gaúchos.

Já a partir da próxima quarta-feira (20), a estimativa é de tempo mais firme para a região Sul, com janelas de tempo firme mais longas até próximo ao fim do mês, ajudando na finalização do plantio do trigo.

Olhando a previsão a curto prazo, os modelos numéricos de previsão do tempo enxergam duas frentes frias a caminho. Na sexta-feira (15), ainda com a baixa pressão entre Paraguai e oeste do Sul do Brasil e a formação de uma frente fria no Rio Grande do sul, os temporais seguem presentes no estado com alto risco de trovoadas, ventania, mar agitado e eventual granizo, concentrados no meio oeste e sul do estado.

Tempo aberto também em todo o Sudeste, Centro-Oeste e boa parte do Norte e Nordeste do país. Chuvas fragmentadas, com trovoadas, mas passageiras, acontecem no norte do Pará e em todo o Amapá, Roraima e Amazonas. No Nordeste, chuva em áreas costeiras, com céu mais carregado na costa do Rio Grande do Norte e Paraíba e também entre Sergipe e sul da Bahia.

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