Nessa primeira etapa, serão vendidos pelas empresas à CCEE o total de 35 lotes de energia, com um megawatt (MW) médio cada um. O valor estabelecido por lote pela empresa Clealco foi o de R$ 60,49, pela Cocal, R$ 61 e pela Ferrari, R$ 60,79. As três juntas agregam potência média de 229 MW.
O leilão do primeiro produto começou às 10h e durou apenas 22 minutos. Participaram 44 empresas concorrentes, das quais as três vencedoras serão excluídas da disputa pelo segundo produto, que abrange o fornecimento de energia a partir de 2010.
Por questões técnicas, o leilão desse produto ocorre três horas depois do término do primeiro. Os contratos por disponibilidade de energia elétrica proveniente de biomassa são negociados via internet. Neste caso, está sendo negociada biomassa resultante exclusivamente do bagaço e da palha de cana-de-açúcar.
As centrais geradoras habilitadas a participar do leilão ficam nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Piauí, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Alagoas e terão potência instalada de 2.921,40 MW.
O repasse de energia de reserva será formalizado com a assinatura de Contratos de Energia de Reserva (CER) entre os vendedores e a CCEE. As distribuidoras, consumidores livres e especiais e auto-produtores deverão aderir ao Contrato de Uso de Energia de Reserva (Conuer).
Os dois produtos terão prazo de suprimento de 15 anos. De acordo com a CCEE, algumas das empresas vendedoras ainda precisarão construir ou finalizar a construção de suas usinas para fornecer a energia contratada, por isso o contrato determina a entrega da energia escalonada, durante o período determinado.
A energia de reserva existe para garantir que não falte energia elétrica durante os períodos determinados. Segundo a CCEE, com a utilização da biomassa para produzir energia, a idéia é diversificar a matriz energética do país, além de privilegiar questões práticas, pois a construção de usinas de biomassa é mais rápida do que a de usinas hidrelétricas, por exemplo.