? Queremos fazer uma revolução. Porque, quando o mundo precisar comer, o Brasil tem que dizer ‘venha comprar. O Brasil tem para vender’ – disse ele, garantindo que o governo vai fazer a sua parte.
Na avaliação do presidente, o Brasil precisa estar consciente do papel que tem, não só na América Latina, mas em relação a todo o planeta. E, se não souber aproveitar as oportunidades que apresentam, corre o risco de jogar fora a chance de estar em uma situação bem melhor que a de décadas atrás.
Lula voltou a rebater a tese de que a produção de etanol do Brasil tem responsabilidade na atual situação de desequilíbrio no mercado global de alimentos. Criticou o movimento especulativo no mercado internacional, dizendo que os bancos que perderam dinheiro com especulação imobiliária tentam recuperar com alimentos e petróleo.
Para ele, o aumento expressivo da demanda por comida, “vendido pela imprensa como uma crise”, é positivo.
? Precisamos encarar como uma extraordinária oportunidade de nos transformarmos, verdadeiramente, no celeiro do mundo. Mas precisamos ter a consciência de que este não é um processo mágico.
Na avaliação do presidente, o Plano Agrícola e Pecuário orienta o Brasil para assumir a responsabilidade neste desafio. Sem mencionar diretamente medidas que envolvem o incentivo à próxima safra, declarou apenas que o atual momento deve ser aproveitado para o país dar um salto de qualidade na produção agrícola.
Agricultura Familiar
Antecipando o anúncio do Plano Safra para a Agricultura Familiar, previsto para esta quinta-feira, dia 3, o presidente Lula disse que a proposta é fazer com que o setor dobre a produção e abandone de vez o conceitos de plantar apenas subsistência.
– Chega de produzir para subsistência. É para plantar o que puder para comer e para vender. Temos de dizer para os pequenos que é bom ganhar dinheiro.
Segundo ele, uma das medidas será o financiamento de 60 mil tratores para os pequenos produtores rurais.