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Soja Brasil

Manifestação de caminhoneiros trava mercado da soja no Brasil

Preços caíram no mercado interno por temores relacionados aos protestos

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Caminhão carregado com soja. Foto: Ivan Bueno/Appa

Os preços da soja recuaram nas principais praças do país nesta segunda-feira (31). O dia foi de nervosismo e volatilidade. Chicago reagiu e fechou com bons ganhos, mas o dólar teve forte baixa. Em meio a disparidade no desempenho dos formadores de preço, os produtores recuaram.

O componente político também afetou as negociações. As barreiras nas rodovias, em protesto pela derrota de Jair Bolsonaro nas eleições, trouxeram preocupação. O feriado de quarta completou o cenário negativo.

Veja os preços no mercado interno

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 184,00 para R$ 183,00
  • Região das Missões: a cotação caiu de R$ 183,00 para R$ 182,00
  • Porto de Rio Grande: o preço recuou de R$ 190,00 para R$ 189,00
  • Cascavel (PR): o preço passou de R$ 183,50 para R$ 180,50
  • Porto de Paranaguá (PR): a saca desvalorizou de R$ 190,50 para R$ 187,50
  • Rondonópolis (MT): a saca caiu de R$ 171,00 para R$ 170,00
  • Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 175,00
  • Rio Verde (GO): a saca ficou baixou de R$ 172,50 para R$ 171,50

Soja em Chicago

Foto: Pixabay

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais altos, garantindo a valorização no mês de outubro (3,2%). As boas inspeções de exportação semanal dos Estados Unidos e o bom desempenho do milho e do trigo garantiram a elevação.

A Rússia decidiu sair do acordo do corredor para garantir a comercialização de grãos. A perspectiva de uma queda na oferta dos produtos do Mar Negro impulsionou trigo e milho. A soja acompanhou os mercados vizinhos.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 2.574.060 toneladas na semana encerrada no dia 27 de outubro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado apostava 1,925 milhão de toneladas. na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 2.918.705 toneladas.

A alta de hoje só não foi mais consistente devido à forte queda do petróleo e também em função do cenário fundamental. A colheita se encaminha para o final nos Estados Unidos e o plantio avança sem problemas no Brasil.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 19,25 centavos ou 1,38% a US$ 14,07 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 14,19 1/2 por bushel, com ganho de 19,25 centavos de dólar ou 1,37%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 2,70 ou 0,63% a US$ 428,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 73,21 centavos de dólar, com ganho de 1,42 centavo ou 1,97%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 2,60%, sendo negociado a R$ 5,1640 para venda e a R$ 5,1620 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1540 e a máxima de R$ 5,4070. No mês, o dólar comercial acumulou queda de 4,28% ante o real.

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