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Soja Brasil

Menos soja? Startup indica safra bem abaixo de 150 milhões de toneladas

Com base em monitoramento de 950 municípios, 4intelligence estima redução de produtividade em áreas de Mato Grosso e Goiás

Lavoura de soja em Mato Grosso
Lavoura de soja em Mato Grosso. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

As principais consultorias especializadas em agronegócio do país, assim como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam safra brasileira 2022/23 de soja acima das 150 milhões de toneladas.

Os motivos são o aumento de área e produtividade nos estados-chave na produção, além da incidência menos severa e mais localizada do fenômeno La Niña do que a registrada no ciclo anterior. Porém, a startup 4intelligence divulgou informe nesta quarta-feira (8) apontando uma temporada de 146 milhões de toneladas.

Utilizando imagens de satélite, a empresa monitora remotamente regiões produtoras de soja, gera dados climáticos georreferenciados e acompanha o desenvolvimento das lavouras, do plantio à colheita.

Ao todo, são monitorados cerca de 950 municípios, um total de 34,3 milhões de hectares de área de cultivo. “Com esses dados e modelos preditivos, conseguimos quantificar o impacto das adversidades climáticas na safra de soja 2022/23 em cada município”, reforça Juan Jensen, Chairman da empresa.

Impactos previstos na soja

Ainda que a previsão da startup seja mais “pessimista” em relação às apontadas por consultorias e entidades do setor, destaca aumento na produtividade do grão de 7,2% e de 4,6% de área, chegando a 43 milhões de hectares, ante à safra anterior.

A 4intelligence ressalta que a safra está sendo marcada por estresses hídricos pontuais no Centro-Oeste, devido à irregularidade das chuvas nos meses de plantio e recuperação parcial das lavouras no Sul, que sofreram os efeitos de restrição hídrica severa em 2021/22.

A safra de 2022/23 será de recuperação, mesmo que parcial, para os estados da região Sul e para o Mato Grosso do Sul, aponta o informe. Assim, mesmo com a persistência do fenômeno La Niña nos últimos meses de 2022, a produtividade em terras gaúchas deve aumentar, em média, 70% e em 32,3% nas lavouras paranaenses.

Contudo, a expectativa é de redução média da produtividade da soja em Mato Grosso (de 7,7%) e de 2,8% em Goiás. No sudoeste de Goiás, onde as chuvas de outubro e novembro ficaram abaixo do padrão histórico, a 4intelligence estima que a produtividade média na cidade de Rio Verde, por exemplo, atinja 53,5 sacas por hectare.

Por outro lado, em Sorriso, centro-norte de Mato Grosso, onde choveu mais, deve ser possível colher 61,1 sacas por hectare.

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