Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja nesta semana.
As dicas são do analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da consultoria Safras & Mercado.
– Os players do mercado da soja continuam dividindo suas atenções entre o clima para os trabalhos de plantio da nova safra norte-americana, a evolução da colheita na América do Sul e os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional. Pelo lado financeiro, o conflito entre Rússia e Ucrânia fecha o quadro de fatores.
– Os trabalhos de plantio da nova safra de soja começaram no cinturão produtor dos Estados Unidos. O clima favorável permitiu um início dentro do período esperado em boa parte dos estados. No entanto, o primeiro dado de evolução aponte para o plantio em 1%, contra uma média de 2% para esta época do ano.
– Os mapas de previsões climáticas apontam para um clima misto, com chuvas e períodos secos na maior parte do cinturão produtor nos próximos sete dias. Portanto, isso deve permitir um bom avanço das máquinas. Daqui para frente, cada vez mais os mapas de previsões ganham importância para o mercado. Começa-se a entrar no tradicional mercado climático norte-americano, e é esperada muita volatilidade.
– No Brasil, a colheita avança para as últimas áreas, mas com atrasos na região Sul. As produtividades médias registradas na maior parte do Centro-Oeste e do Sudeste são bastante positivas, surpreendendo em alguns estados. Já no Sul, o avanço das máquinas confirma que os problemas climáticos trouxeram uma quebra expressiva no Rio Grande do Sul e no Paraná. Mas apenas a finalização da colheita irá mostrar o verdadeiro tamanho das perdas produtivas.
– Além disso, na Argentina, a colheita avança em meio a um clima mais favorável ao desenvolvimento final das lavouras das principais províncias produtoras. No entanto, a produção continua sendo estimada em 42 milhões de toneladas, e não deve haver grandes surpresas.
– A continuidade de compras chinesas de soja norte-americana, aliada a rumores de que novas compras serão feitas nos próximos dias, é o principal fator de suporte para Chicago. Além disso, explica também um pouco deste fôlego recente. Essa demanda deve continuar ao longo do ano.