O ministro creditou a redução a ações governamentais de combate ao desmatamento e a acordos firmados com setores produtivos, como as cadeias da soja e da madeira.
?A razão da queda do desmatamento é a ação articulada dos ministérios do Meio Ambiente e da Justiça, do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Polícia Federal com a Força Nacional, a ações permanentes. Os números são bons porque terão sustentabilidade ? avaliou.
De acordo com o diretor de proteção ambiental do Ibama, Luciano Menezes, de janeiro a junho deste ano, o órgão executou 109 das 300 operações de fiscalização e repressão a crimes ambientais.
? Estamos atacando organizadamente ? afirmou.
Até junho, o Ibama aplicou 1,1 mil autos de infração, num total de R$ 806 milhões em multas. No entanto, o ministro admitiu que apenas cerca de 10% desses valores são efetivamente pagos.
? Até o fim do ano espero que possamos chegar a 20% ou 25% de multas pagas ? disse.
Segundo Minc, as ações e as operações em andamento na Amazônia deverão ser reforçadas nos próximos meses, quando o desmatamento tradicionalmente é maior por causa do período seco na Amazônia.
? A guerra é agora, nos próximos meses, quando tem menos chuva e o pessoal desmata mais.
O ministro defendeu a articulação entre medidas de repressão e criação de alternativas econômicas para as populações que se sustentavam pelo desmatamento ilegal.
Durante a entrevista, Minc disse que a ida à Câmara nesta terça para dar explicações por ter chamado os grandes produtores rurais de vigaristas, “não tirou seu humor”, apesar de ter durado cinco horas.
O ministro disse que vai à Groenlândia para uma reunião com 25 ministros do Meio Ambiente para discutir mudanças climáticas, período no qual “esquecerá” da bancada ruralista com quem vem trocando farpas.
? Vou esquecer os ruralistas por algum tempo, abraçado aos ursos polares da Groenlândia ? brincou.