? O preço da arroba do boi está caindo e no feijão é claríssima essa recuperação. A saca que, há dois meses, estava a R$ 200, hoje, está a R$ 80 ? explicou.
Rossi deixou claro que, no agronegócio, essas questões são pontuais e, muitas vezes, decorrem de circunstâncias impostas pelo cenário internacional. Segundo o ministro, alguns preços aumentaram em função do crescimento da demanda interna e externa por alimentos.
? O povo brasileiro está comendo mais e melhor e, no mundo, as populações da Ásia e da América Latina cresceram significativamente ? destacou.
O aumento da demanda por carnes em todo o mundo influiu, especialmente, na pecuária e duas questões específicas contiveram a oferta num momento de grande expansão da necessidade mundial pelo produto. Uma delas foi o atraso das chuvas provocado pelo fenômeno climático La Niña. O boi, que no Brasil é criado no pasto, teve a engorda prejudicada. Só recentemente, com o retorno das precipitações, os animais estão entrando no mercado, segundo o ministro.
Além disso, a descapitalização de pecuaristas, há sete anos, só deixou de impactar no preço da carne atualmente. Naquela época, foram vendidas as matrizes ? vacas e novilhas ? , o que diminuiu a oferta de bezerros e bois.
? Nós ainda estamos sob o impacto daquela queda no número de matrizes e, por consequência, na oferta atual de bois no Brasil ? explicou Rossi.
Rossi defendeu ainda que, ao levar em consideração os últimos dez anos, os alimentos exerceram função de âncora no combate à inflação, ajudando a derrubar o aumento de preços.