A consulta pública para a mudança do padrão brasileiro da soja, proposta pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), que vence dia 23 de maio, está trazendo preocupação à Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). “Pode inviabilizar toda a cadeia logística”, adverte a engenheira agrônoma da entidade, Chantal Baeumle Gabardo, no IX Congresso Brasileiro de Soja – Mercosoja 2022, que ocorre em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O padrão atual é de 8% de grãos avariados, 1% de matérias estranhas, 14% de umidade e 30% de quebrados. Na nova proposta do Mapa, a umidade passa para 13%, e os grãos avariados são segregados em 8%, 10%, 12%, 14% e 16%. Os quebrados também são segregados.
Conforme a entrevistada, o ponto que traz maior preocupação é a estratificação em cinco tipos do grupo II, ampliando os limites de avariados. Já a redução de umidade é vista como positiva pela Anec.
Chantal ressalta que a associação quer que o padrão de qualidade seja alto, para que o Brasil não perca mercados. Segundo ela, é difícil recuperar a imagem no exterior, caso o padrão do Brasil seja pior do que a qualidade exigida pelos países de destino.