Uma cerimônia com a diretoria da empresa e autoridades locais marcou o início das obras no complexo químico de Guaratinguetá, no local onde a primeira fábrica de metilato de sódio da Basf fora da Alemanha será construída. O produto é um catalisador que acelera a transformação do óleo em biocombustível. Atualmente, o Brasil precisa importar todo o metilato que utiliza. Só em 2009, gastou US$ 30 milhões com a importação. Além do gasto, outro entrave é a demora para receber o produto.
A nova fábrica vai ter capacidade para produzir 60 mil toneladas de metilato de sódio por ano. A decisão de instalar a unidade no Brasil levou em conta a competitividade da produção local de biodiesel. Os dirigentes da empresa acreditam que até 2015 a América do Sul vai responder por 15% do consumo mundial do combustível. Atualmente, a participação é de 11%.
Outras empresas também estão de olho no potencial do mercado brasileiro de biodiesel. No início deste ano, a multinacional americana do setor de químicos Dupont e a JBS firmaram uma parceria para produzir metilato de sódio no Brasil. Se a produção das duas for somada com a da nova fábrica da Basf, o resultado é triplo do necessário para atender a demanda de biodiesel projetada para os próximos anos no Brasil.