As variedades, apresentadas para a imprensa na sede do CTC, em Piracicaba (SP), serão mostradas aos associados do centro de pesquisas entre novembro e dezembro, na região Centro-Sul, e em março, no Nordeste. As CTCs 21 e 22, que compõem a sexta geração de cultivares liberadas desde 2005, no entanto, exigem que o cultivo seja feito em um solo de média qualidade para cima.
? Em uma região de solo de baixa qualidade, como na região de Araçatuba (SP), por exemplo, elas não terão boa adaptabilidade. Mas em pólos produtivos, como Ribeirão Preto (SP) e em Goiás, o desenvolvimento será muito bom ? disse Tadeu Andrade, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do CTC. As duas variedades foram selecionadas após cerca de 13 anos de desenvolvimento e seleção.
Além da alta produtividade e da precocidade, as duas variedades se mostraram ainda bastante resistentes a ações de máquinas, como tratores e colhedoras de cana, durante todo o ciclo produtivo da cana, de, em média, cinco cortes anuais.
? A planta resistiu aos impactos de compactação do solo pela ação de máquinas agrícolas, com ótima brotação e longevidade ? afirmou Andrade.
As duas variedades são resistentes às principais doenças da cana-de-açúcar, como as ferrugens marrom e alaranjada, ao carvão, ao mosaico, escaldadura e ao amarelecimento. A CTC 21 é indicada para todas as regiões do Centro-Sul e Nordeste, desde que respeitada as indicações agronômicas de clima e solo, e a CTC 22, por florescer muito no Nordeste, é indicada apenas para o Centro-Sul.
Principal entidade de pesquisa em cana do mundo, o CTC é mantido por 160 unidades sucroalcooleiras e associações que representam 12 mil fornecedores, o correspondente a 60% da moagem nacional da cultura.