Mantega disse que o otimismo com o Brasil poderá trazer um fluxo de capitais grande, mas lembrou que tal movimento ainda não ocorreu.
Ele explicou que a pressão sobre o câmbio tem ocorrido por causa da abertura de capital de algumas empresas, como a que foi realizada nesta quarta, dia 7, pelo Banco Santander, que irá perfazer US$ 8 bilhões.
? É a maior operação dessa natureza do mundo. O problema é que ela implicará a entrada de capital externo. Então, isso trará uma pressão momentânea. Um excesso de dólares ? avaliou Mantega.
O ministro garantiu que, se houver movimentos considerados anormais no câmbio, o governo estará atento e tomará as medidas cabíveis para evitar problemas para a economia brasileira. Mantega afirmou que não gosta de uma valorização excessiva do real, mas concordou que isso está dentro das regras, pois, segundo ele, o Brasil é “hoje um país mais forte, mais sólido e mais cobiçado pelos outros capitais”.
De acordo com o ministro, o Brasil está pagando o preço de ser o mais bem bem-sucedido no combate à crise mundial e por estar-se recuperando mais rapidamente que os outros países, mas enfatizou que o governo não pretende alterar o regime cambial, que no país é flutuante.
O ministro Guido Mantega participou nesta quinta, dia 8, no Itamaraty, do 8º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).