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Soja

Ajuda de Trump: USDA anuncia auxílio de US$ 16 bi a produtores dos EUA

Agricultores dos Estados Unidos vão receber US$ 14,5 bilhões em pagamentos diretos para compensar danos pela guerra comercial com a China

Donald Trump, EUA, Estados Unidos
Foto: The White House

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou nesta quinta-feira, 23, que os agricultores do país receberão US$ 14,5 bilhões em pagamentos diretos, como parte de um pacote de US$ 16 bilhões em auxílio elaborado para compensar os danos financeiros causados pela guerra comercial com a China.

De acordo com o órgão norte-americano, os produtores rurais receberão o primeiro pagamento direto em julho ou agosto, com os pagamentos subsequentes previstos para o fim do outono e início de 2020. O auxílio será baseados nos condados em que os agricultores residem, e não nas culturas por eles cultivadas.

“A China não pratica as regras há muito tempo e o presidente Trump está enfrentando-as, enviando a mensagem clara de que os Estados Unidos não tolerarão mais suas práticas comerciais desleais, que incluem barreiras comerciais e roubo de propriedade intelectual. O presidente Trump tem grande afeição pelos fazendeiros americanos, e ele sabe que eles estão suportando o peso dessas disputas comerciais. Na verdade, nunca soube de um presidente que estivesse mais preocupado ou interessado no bem-estar dos agricultores e na lucratividade a longo prazo do que o presidente Trump ”, disse o secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue.

Segundo Perdue, o plano anunciado garante que agricultores suportem o impacto de tarifas de retaliação injustas impostas pela China e outros parceiros comerciais. “Nossa equipe no USDA refletiu sobre o que funcionou bem e reuniu comentários sobre o programa do ano passado para torná-lo ainda mais forte e eficaz para os agricultores. Nossos agricultores trabalham duro, são os mais produtivos do mundo e nosso objetivo é igualar seu entusiasmo e patriotismo ao apoiá-los”, disse.

Bolsa de Chicago

A confirmação desse programa de ajuda do presidente Donald Trump e a queda de mais de 5% do petróleo determinaram as perdas da cotação futura da oleaginosa na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 0,84%, a US$ 8,21 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,28 por bushel, com perda de 0,86%.

Outro fator que influenciou a queda em Chicago na quinta-feira foram as fracas vendas semanais da soja dos Estados Unidos. Isso porque as exportações líquidas norte-americanas, referentes à temporada 2018/2019, com início em 1º de outubro, ficaram em 535,8 mil toneladas na semana encerrada em 16 de maio. Para a temporada 2019/2020, as exportações ficaram em 5,1 mil toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 300 mil a 800 mil toneladas.

Preço da soja no Brasil

O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de preços mistos. O dólar teve pouca alteração e fechou o dia com leve alta, de 0,14%, negociado a R$ 4,046 para a compra e a R$ 4,048 para a venda. E Chicago, teve queda. De acordo com a consultoria Safras&Mercado, o comportamento novamente não foi homogêneo nas principais praças brasileiras e o dia foi de fraca comercialização.

Veja o fechamento das cotações

    • Passo Fundo (RS): R$ 76
    • Região das Missões (RS): a cotação passou de R$ 75 para R$ 75,50
    • Porto de Rio Grande (RS): o preço subiu de R$ 81 para R$ 81,50
    • Cascavel (PR): R$ 75
    • Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 81 para R$ 81,50
    • Rondonópolis (MT): R$ 69,50
    • Dourados (MS): a cotação baixou de R$ 69,50 para R$ 69
    • Rio Verde (GO): R$ 69,50

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