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Países da América Latina elaboram plano regional para desenvolver pecuária de forma sustentável

Conforme a FAO, semelhança de ecossistemas no Cone-Sul facilita intercâmbio de tecnologias produtivas que evitam o aquecimento globalTerminou nesta sexta-feira, em Brasília, a 10ª Reunião da Comissão de Desenvolvimento Pecuário para América Latina e Caribe. Durante três dias, representantes de nove países discutiram formas de recuperar áreas degradadas pela pecuária e incentivar a produção sustentável no campo. Ao final do encontro foi elaborado um plano de ação regional, onde constam sugestões para desenvolver a agropecuária no continente sem prejudicar o meio ambiente.

Pesquisas mostram que atualmente 70% das pastagens brasileiras estão em processo de degradação. O Brasil apresentou ações e tecnologias já em desenvolvimento no país, como o sistema de produção integrada, que alia lavoura, pecuária e silvicultura. Também mostrou o sistema de plantio direto, tecnologia pioneira no país e já expandida a outras nações.

De acordo com o oficial técnico da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) Tito Dias há ecossistemas que são comuns entre os países do Cone-Sul, o que facilita o intercâmbio de tecnologias produtivas que evitam o aquecimento global.

? Há elementos comunos do ponto de vista dos agroecossistemas que, eventualmente, podem ser validados e ajustados às condições específicas locais ? afirma o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A viabilidade das propostas vai ser analisada pelos órgãos técnicos de cada país. No caso do Brasil, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De acordo com o secretário de Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Porto Carrero, o principal desafio é expandir as tecnologias a todos os produtores.

Atualmente, apenas 30% dos agropecuaristas do país têm acesso a tecnologias. Para financiar as novas técnicas e levar a todas as propriedades agrícolas, o governo não descarta a possibilidade de buscar recursos no exterior.

? A princípio o que vamos discutir, com esse documento na mão, é a abertura de uma conta maior dentro do ministério, no orçamento de 2009/2010, e daí para frente com recursos próprios do governo federal. Se não houver, a gente pode acionar o BID e oferecer esses recursos aos produtores, mas tem que ficar claro que não é uma doação do governo. O produtor vai ter que investir nisso para obter melhores resultados ? explica Porto Carrero.

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