A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou nesta terça-feira, 16, suas perspectivas para a safra 2020/2021. Para a entidade, o Brasil pode quebrar todos os recordes da soja no ano. Ou seja, produzir mais, exportar mais e processar mais soja internamente.
Até fevereiro a entidade apostava em uma safra de 132 milhões de toneladas, mas agora acredita que há potencial para colher 134,8 milhões de toneladas. Lembrando que em 2019/2020 a produção foi de 127,9 milhões de toneladas.
“Nossa estimativa já está considerando alguns problemas pontuais. A menos que os resultados de campo sejam realmente muito piores que o esperado. Mas a tendência é que o Brasil tenha um, novo recorde de produção, até pelo aumento de área que a safra trouxe”, afirma o economista-chefe da Abiove, Daniel Amaral.
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Com isso, a Abiove eleva também o potencial de exportação do país, que agora pode chegar ao recorde de 84 milhões de toneladas de soja, superando a marca de 83,2 milhões de toneladas de 2018. Vale destacar que até fevereiro a expectativa era vender 83 milhões de toneladas para o exterior.
Outro ponto em alta é o processamento interno do grão, que em 2021 pode consumir 47 milhões de toneladas de soja, outro recorde. Superando os 46,8 milhões de toneladas de 2020. Em fevereiro a previsão era de 46,3 milhões de toneladas.
Segundo Amaral, isso tudo é uma coisa boa para o Brasil e os produtores, já que a demanda pelo grão segue elevada e o país tende a ganhar mais mercado.
“O preço da soja reflete a condição de oferta e demanda. A China está comprando muita soja, mais de 100 milhões de toneladas, a Argentina teve uma quebra importante e os Estados Unidos seguem com um estoque muito apertado e sem condição de atender o aumento da demanda. Para o Brasil, se esses recordes se confirmarem, será uma ótima notícia. Isso será uma grande oportunidade de o produtor brasileiro se capitalizar e poder investir ainda mais”, afirma Amaral.
O único ponto que não deve ser recorde, e isso é até bom, é o estoque interno do grão que em 2021 pode chegar a 528 mil toneladas. Vale lembrar que o menor volume estocado foi registrado em 2020 com 328 mil toneladas.
Farelo e óleo
Também estão previstos o aumento das exportações de farelo de soja para 17,1 milhões de toneladas e o crescimento do consumo doméstico de óleo de soja para 9,2 milhões de toneladas, o qual inclui a mistura no biodiesel para B13 de março a dezembro.
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