Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Para governo, EUA não vão diminuir restrição ao etanol brasileiro

Governo norte-americano cobra hoje taxa de importação de US$ 0,14 por litro do álcool combustívelO diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo de Gusmão Dornelles, considerou "improvável" a eliminação completa, no curto prazo, da tarifa imposta pelos Estados Unidos ao etanol brasileiro importado. O governo norte-americano cobra hoje uma taxa de importação de US$ 0,14 por litro do combustível, produzido com cana-de-açúcar. Segundo dados da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), essa tarifa pode chegar a 30% do valor total do etanol.

A lei que autoriza a sobretaxa vigora somente até o fim deste ano. Contudo, um projeto de lei apresentado na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos em abril estende a tarifa por outros quatro anos. A proposta visa a proteger a indústria norte-americana de etanol, que lá é baseado no milho. A sobretaxa foi tema de audiência pública promovida nesta terça-feira pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.

Juntos, Brasil e EUA respondem por cerca de 80% da produção mundial de etanol. Segundo o diretor executivo da Unica, Eduardo Leão de Souza, o consumo desse tipo de combustível nos Estados Unidos também é grande ? são cerca de 50 bilhões de litros por ano.

Souza afirma que esse volume deve aumentar para 136 bilhões de litros até 2022, sendo que 58% do total será composto pelos chamados “etanóis avançados”, ou seja, aqueles que reduzem as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50%, quando comparados com a gasolina. Desde fevereiro deste ano, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos inclui o etanol de cana nessa categoria.

O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, lembrou também que o mercado interno de etanol está em expansão, com o aumento da venda dos carros flex. A Unica estima que os modelos bicombustíveis deverão representar 50% da frota nacional até 2012.
Incentivos

Para fazer frente ao aumento da demanda, o governo prevê projetos de incentivo à indústria nacional de etanol. Segundo Bertone, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve anunciar esta semana regras de programa que vai reservar R$ 2,4 bilhões a usinas interessadas em estocar etanol na safra 2010/2011. A ideia é evitar oscilações no preço do combustível ao longo do ano.

Para o deputado Dr. Ubiali (PSB-SP), que solicitou a audiência, o governo deve adotar estratégias para aumentar a produção nacional por meio de créditos e incentivos fiscais.

? Hoje, o Brasil utiliza somente 1,5% de seu território para produção de cana para etanol. Temos potencial para expandir esse tipo de cultivo para 7,5% da área do país ? afirmou o deputado.

Segundo o parlamentar, o país não deve conseguir o fim das barreiras tarifárias impostas pelos EUA ao combustível no curto prazo. Mas, de acordo com ele, as ações governamentais de incentivo à produção nacional podem compensar as dificuldades criadas pelos Estados Unidos para a expansão da indústria brasileira de etanol.

? A tendência é que o consumo se expanda tanto que os Estados Unidos não poderão suprir essa demanda sozinhos e, consequentemente, vão necessitar da produção de outros países como o Brasil ? assegurou.

Sair da versão mobile