Naquela época, o Estado registrava de cinco a seis aplicações por plantio. Com a implantação do programa, o produtor reduziu para uma média de duas. Depois de abandonado, o volume de agrotóxicos voltou a subir naquela região.
O Paraná planta cerca de seis milhões de hectares com soja, milho e trigo, as lavouras que mais recebem agrotóxicos. Um estudo da Emater revelou que muitas aplicações são feitas sem necessidade e na hora errada, o que aumenta o risco de desequilíbrio e poluição ambiental. Além disso, o custo para controle de pragas chega a R$ 100 milhões por ano no Estado apenas na soja.
Em setembro de 2008, o programa de manejo integrado de pragas foi reativado em parceria com a Embrapa Soja e outras instituições. O objetivo é o uso consciente dos agrotóxicos. O pesquisador Flávio Moscardi, que trabalha na instituição, defende que as ações não devem desequilibrar o meio ambiente
? São ações previstas no manejo integrado de pragas. A primeira delas é amostrar a lavoura, e existem técnicas para isso uma vez por semana, uma vez identificada a necessidade de aplicação para controle de determinado inseto, escolher um produto que seja seletivo e não afete os inimigos naturais das pragas.
O programa será apresentado em um encontro sobre soja, em maio, que vai reunir Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.
? Há problemas comuns entre esses países e esse fato pode gerar também a adoção de medidas de controle de pragas comuns a esses países, uma vez que os problemas são os mesmos ? completa o pesquisador da Embrapa Soja.