A consultoria StoneX informou em relatório que Paraná e Rondônia deverão dar início ao plantio da soja no próximo sábado (10), após o término do vazio sanitário nestes estados.
O vazio é o período de no mínimo 90 dias, dependendo da região, em que produtores têm de manter o solo sem produção de soja, com outras culturas não suscetíveis à ferrugem. A medida é adotada para impedir que a doença espalhe seus esporos pelo vento.
Em todo o país, 20 estados tiveram de cumprir as regras do vazio sanitário neste ano, lembra a empresa. Depois de Paraná e Rondônia, devem iniciar a semeadura da oleaginosa, em 15 de setembro, importantes produtores como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
E o La Niña?
Os trabalhos de campo serão realizados tendo como pano de fundo a probabilidade de 80% de ocorrência de La Niña, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos.
Se confirmado, será o terceiro ano seguido em que o fenômeno climático incide no Brasil. Com ele, há tendência de umidade mais baixa na região Centro-Sul do país e tempo mais chuvoso na centro-norte. A safra 2021/22 de soja foi fortemente afetada por conta desses impactos.
Menor intensidade e menos risco para a soja
De acordo com a StoneX, é importante ressaltar que a ocorrência de La Niña não resulta, necessariamente, em quebras de safra. “Segundo o NOAA, a perspectiva é de que neste ano o La Niña não altere tanto a temperatura dos oceanos como em 2021, configurando-se como de intensidade fraca”, afirmou consultoria.
“De todo modo, o clima deve ser observado com cautela, principalmente nas fases mais críticas do desenvolvimento das lavouras”, alertou.