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Parlamentares pressionam governo por mudanças no decreto sobre punição a crime ambiental

Bancada quer aumento do prazo para recuperação de reserva legal e suspensão de multas e sanções já emitidas pelos órgãos ambientaisContrariados com a demora do governo federal em publicar uma nova versão do decreto 6.514, que trata das punições contra os crimes ambientais, representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária foram ao Palácio do Planalto nesta terça, dia 9, para cobrar as alterações na norma.

Os parlamentares lembraram ao ministro de Relações Institucionais da Presidência da República, José Múcio Monteiro, que há três meses firmaram um acordo com os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura sobre mudanças na matéria, o que ainda não ocorreu. 

Na reunião, 13 deputados federais, entre eles o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e o senador Gilberto Goellner (DEM-MT) relataram situações sofridas por produtores rurais por causa do que chamaram de “pontos absurdos do decreto”. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) destacou que em todos os Estados agricultores estão sendo pressionados pela polícia ambiental e fiscais do Ibama.

? Milhares de produtores rurais estão sem saber o que fazer diante de tantas multas e uma norma que não tem pé, nem cabeça ? ressaltou.

Os parlamentares ligados ao agronegócio defendem que a validade do decreto e as multas e sanções sejam anuladas até que o grupo de trabalho criado para discutir e reformular a legislação ambiental feche alguns acordos. Outra alternativa, segundo eles, é a edição de um novo texto com o prazo de um ano para averbação da reserva legal. Nesse caso, a idéia dos deputados e senadores é resolver temporariamente o ponto mais polêmico da norma até que as negociações em torno de mudanças nas leis ambientais avancem.

O ministro afirmou que a nova versão está pronta para ser assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve sair no Diário Oficial da União nesta semana. Caso isso não se confirme, Múcio Monteiro afirmou que vai propor uma reunião do Conselho Político do Governo para discutir a gravidade do tema e as conseqüências para a agricultura brasileira.

As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa do deputado Heinze.

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