Com a ajuda da alta dos preços, do aumento da produção e do refino do petróleo, o valor de mercado da Petrobras cresceu dez vezes, de US$ 18 bilhões em janeiro de 2003 para US$ 200 bilhões em dezembro de 2009. Segundo a consultoria PFC Energy, a estatal é atualmente a quarta empresa de petróleo do mundo.
Além disso, a Petrobras deve ser beneficiada como a única operadora dos campos do pré-sal e vai receber uma capitalização da União equivalente a cinco bilhões de barris de petróleo – o valor da capitalização ainda não está claro, mas deve chegar a dezenas de bilhões de reais. As megarreservas do pré-sal e investimentos que superam US$ 170 bilhões até 2014 devem ampliar a participação da Petrobrás no PIB para 20%, estimam analistas.
Por trás da estratégia do governo de “agigantar” a Petrobras, existem motivações empresariais, econômicas e políticas. Segundo o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, os objetivos são aumentar a escala, para reduzir custos e concorrer internacionalmente, e diversificar as operações, para se proteger de crises e variações abruptas de preços.
? A lógica é ser uma empresa de energia ? diz Costa.
Para o governo, a estatal também funcionaria como um braço de política econômica, reduzindo a importação de insumos do país. Elevar a competitividade da cadeia de petróleo é uma alternativa para concorrer com a China e aliviar o déficit em transações correntes.
A expansão da Petrobras também tem viés ideológico. O governo defende maior participação do Estado na economia e a utilização da estatal como instrumento de política industrial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.