Os estudos serão parte de acordo de cooperação assinado esta manhã entre a Petrobras e a Marinha. O acordo, que prevê investimentos de R$ 3 milhões da empresa, terá duração de quatro anos e tem como objetivo a implantação de um novo sistema de recebimento de combustíveis “contínuo, rápido e seguro contra vazamentos” na EACF. Em contrapartida, a empresa vai realizar no local as pesquisas de combustíveis renováveis.
Costa explica que, atualmente, o abastecimento da EACF é feito com a utilização de pequenas balsas, o que torna o processo muito lento. O novo sistema prevê a instalação de um carretel de cerca de mil metros, de tubo flexível retrátil, cuja extremidade será conectada ao navio em operações de descarga de combustível. O diretor observou que os combustíveis hoje fornecidos pela Petrobras à EACF – diesel, óleo combustível e querosene de aviação – são especiais e adequados para suportar as baixas temperaturas locais.
Segundo ele, as pesquisas com combustíveis renováveis que serão realizadas na Antártida visarão, inicialmente, apenas o uso no local, mas admite que nada impede que os produtos a serem desenvolvidos possam ser deslocados para outros mercados, como para aquecimento na Europa.
? Mas vamos agora apenas iniciar os testes, não há previsão de substituição dos combustíveis hoje usados lá para esses biocombustíveis ? afirmou.
O acordo assinado nesta terça, dia 19, representa o segundo convênio firmado entre a Marinha e a Petrobras para atuação conjunta na Antártida. O acordo anterior, que levou a investimentos de R$ 10 milhões da empresa, consistiu na construção de 10 tanques de aço inoxidável e um sistema de automação da tancagem.