O estado do Piauí sediará, pela primeira vez, a Abertura Nacional da Colheita da Soja, evento idealizado pelo Projeto Soja Brasil e pela Aprosoja Brasil. Para o presidente da Aprosoja-PI, Alzir Aguiar Neto, recepcionar a ocasião é uma honra. “Somos o caçula do Brasil na produção de soja e o Piauí já tem mostrado a vocação para o agronegócio, o potencial que temos por aqui”, enfatiza.
Para ele, os problemas fundiários e logísticos, que serão abordados nos painéis do evento, são os grandes desafios do estado. “São problemas que enfrentamos aqui. O Piauí tem a capacidade de mais do que dobrar a produção de grãos e o principal gargalo é a logística de estradas. Não temos praticamente nenhuma estrada na serra e temos uma grande dificuldade que perpassa não apenas pelo escoamento [da produção], mas também pela vinda de insumos”, conta.
Na tentativa de resolver ou, pelo menos, amenizar esses problemas, Aguiar Neto destaca que os próprios produtores se juntam para investir no conserto e manutenção das vias terrestres usadas para o transporte dos grãos e insumos. “O Piauí poderia estar crescendo de forma sustentável mais rapidamente, mas o gargalo da infraestrutura de estradas, logística em geral e energia faz com que a gente ainda não consiga crescer de forma mais vigorosa”, aponta.
Colheita farta no Piauí
Segundo ele, a Fazenda Progresso, que abrigará a Abertura Nacional da Colheita da Soja Safra 21/22 é uma propriedade modelo para todo o Brasil. “Costumo dizer que ela é um grande cartão postal, a porta de entrada do cerrado piauiense. É um grupo que já atua na região há 20 anos, que tem uma história e uma vocação e conhece o Piauí como ninguém […]”.
De acordo com o presidente da Aprosoja-PI, a colheita no estado será farta por conta do regime de chuvas altamente favorável e constante. “Foi o primeiro plantio que tivemos de parar por excesso de umidade. Normalmente o plantio aqui era muito demorado, mas a janela para a soja conseguiu se encerrar em novembro [de 2021]. Tivemos uma boa implantação e as lavouras estão muito boas. Por um lado a chuva traz a felicidade para os produtores e, por outro, traz o caos para uma infraestrutura que já é muito complicada, pois 90% de nossas estradas são em leito natural e ficam completamente deterioradas”, afirma.
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