O Paraná exportou 4,4 milhões de toneladas do complexo soja no primeiro quadrimestre do ano. Apesar da redução no volume em comparação com 2020, o produtor paranaense foi melhor remunerado. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 15 a 21 de maio.
O serviço de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat) atualizou os dados sobre a exportação brasileira entre janeiro e abril e apontou que foram enviados para o Exterior 38,26 milhões de toneladas do Complexo Soja, que engloba grãos, farelo e óleo. Isso representa aumento de 2,74% em relação ao mesmo período do ano passado.
Se for levar em consideração apenas o volume financeiro, o país recebeu US$ 16,02 bilhões pela carga exportada desse complexo. Nesse caso, o aumento foi bem maior, com crescimento de 24,23% em relação ao recebido no mesmo período do ano passado. Em volume de produtos do Complexo Soja, a soja em grãos representou 86,41%.
No caso do Paraná, as 4,4 milhões de toneladas exportadas representam redução de 27,42% comparativamente a 2020. Entraram no Estado US$ 1,86 bilhão em razão dessa oleaginosa. Apesar do menor volume, o produto paranaense foi melhor remunerado. Cada tonelada exportada foi negociada, em média, por US$ 423,88, um acréscimo de 21,36% em relação ao obtido no primeiro quadrimestre do ano passado.
Entre outros fatores que contribuíram para um volume menor de exportação de soja paranaense está a redução na produção em comparação com a safra anterior. Também é preciso levar em conta os aspectos climáticos, que foram determinantes. O período de estiagem na época da semeadura levou ao atraso no plantio em algumas regiões importantes, o que também atrasou a colheita.