Empresários do agronegócio acompanharam a apresentação de um estudo sobre o protecionismo e as barreiras impostas pela Europa. O presidente do Comitê de Estratégia Empresarial do Grupo JBS, Pratini de Moraes, relembrou a crise da vaca louca, enfrentada por ele na época em que era ministro da Agricultura.
? Os canadenses inventaram que aqui tinha vaca loca porque estavam brigando com a Embraer e então uma forma de atingir o Brasil, foi acusá-lo de algo que é difícil de explicar. Na verdade é briga de aeronave e isso é uma briga de facão. Levamos três meses, mas provamos. Temos que nos cuidar muito porque em epidemiologia não existe risco zero. Temos que investir muito na área técnica de sanidade ? relatou.
O ex-ministro também criticou o que atualmente é conhecido como protecionismo ambiental.
? Agora é o protecionismo ambiental, o Brasil cria boi na Floresta Amazônica, o Brasil planta soja na Floresta Amazônica. Ela é uma floresta úmida onde chove muito e que por exemplo, este ano em Parentins, o Rio subiu 29 metros. Quem vai plantar soja e criar boi em um lugar onde o Rio sobe 29 metros? ? questiona.
Para o economista o Brasil precisa criar estratégias para enfrentar o cenário atual e negociar com a Europa para garantir mercado.
? Eu estava vendo, aumentou brutalmente a receita de tributos do governo. Porque que não se baixa algum imposto desses que impede a criação? Nós estamos precisando reinventar o Brasil. Há certos mercados que não compram a carne brasileira não porque a carne seja pior, é por puro protecionismo. Isso porque o Brasil é hoje o maior exportador do mundo e pessoal têm medo de competir com a carne brasileira. Então nós estamos nestes outros mercados para evitar ou para ter acesso a todo os mercados do mundo na área da proteína animal ? relata.