Os preços da soja seguem subindo no mercado físico, acompanhando a trajetória ascendente dos contratos futuros em Chicago. A queda do dólar limitou os ganhos e retirou os vendedores do mercado.
O produtor segue cauteloso e aguarda para ver até onde os preços irão. O excesso de chuvas trava a colheita e limita a oferta, completando o cenário de morosidade da comercialização.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 202,00 para R$ 204,00
– Região das Missões: a cotação passou de R$ 200,00 para R$ 203,00
– Porto de Rio Grande: o preço avançou de R$ 198,00 para R$ 200,00
– Porto de Santos (SP): a saca se manteve em R$ 197,00
– Cascavel (PR): o preço aumentou de R$ 191,00 para R$ 193,50 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 196,00 para R$ 198,50
– Rondonópolis (MT): a saca passou de R$ 181,00 para R$ 185,00
– Dourados (MS): a cotação subiu de R$ 182,00 para R$ 190,00
– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 180,00 para R$ 183,00.
Soja em Chicago
Negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja fecharam a segunda-feira (7) com preços em forte alta. O persistente clima seco na América do Sul e a boa demanda pelo produto americano sustentaram as cotações, com os agentes já buscando um melhor posicionamento frente ao relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O clima deverá continuar seco no sul do Brasil, no Paraguai, na Argentina e no Uruguai nesta e na próxima semana. Com isso, crescem as preocupações com o potencial produtivo da safra sul-americana.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 507.000 toneladas de soja em grão para destinos não revelados. Do total, 249 mil toneladas serão entregues na temporada 2021/22 e 258 mil toneladas na temporada 2022/23.
O Departamento deve reduzir a sua estimativa para os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Além disso, as previsões de safra do Brasil e da Argentina também deverão ser revisadas para baixo. O relatório de fevereiro do Departamento será divulgado na quarta, 9, às 14hs.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques de 314 milhões de bushels em 2021/22. Em janeiro, a previsão ficou em 350 milhões de bushels. No ano passado, a estoques foram de 257 milhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 91,3 milhões de toneladas, contra 99,9 milhões estimados em janeiro.
Para o Brasil, o USDA deve indicar safra de 133 milhões de toneladas para 2021/22, bem abaixo dos 139 milhões previstos em janeiro. A produção argentina deverá ser indicada em 44,2 milhões, também abaixo dos 46,5 milhões indicados no relatório de janeiro.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.217.991 toneladas na semana encerrada no dia 3 de fevereiro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. O mercado esperava o número em 1,425 milhão de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 28,85 centavos de dólar por bushel ou 1,81% a US$ 15,81 3/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 15,86 1/4 por bushel, com ganho de 28,75 centavos ou 1,84%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 8,90 ou 2% a US$ 452,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 65,34 centavos de dólar, com baixa de 0,02 centavo ou 0,03%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em R$ 5,2520, com queda de 1,35%. A moeda foi novamente impactada pelo intenso fluxo estrangeiro na bolsa, assim como pelo aumento das commodities no cenário global, fortalecendo o real.