Em dia de absorção dos números do USDA, o mercado brasileiro de soja apresentou poucos negócios e preços regionalizados. De um lado, Chicago subindo bem. Em contrapartida, o dólar e os prêmios cederam terreno. O produtor se retraiu e segue focado nas lavouras.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos ficou em R$ 204,00
– Região das Missões: a cotação permaneceu em R$ 203,00
– Porto de Rio Grande: o preço subiu de R$ 200,00 para R$ 204,00
– Cascavel (PR): o preço seguiu em R$ 195,00 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca estabilizou em R$ 200,00
– Rondonópolis (MT): a saca ficou em R$ 183,00
– Dourados (MS): a cotação recuou de R$ 189,00 para R$ 188,00
– Rio Verde (GO): a saca caiu de R$ 183,00 para R$ 181,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira (9) com preços em forte alta. Apesar dos números conservadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado voltou a ser sustentado pelo persistente clima seco na América do Sul e pela demanda firme pela soja americana.
Os exportadores privados venderam mais 240 mil toneladas para a China. Com isso, a expectativa é de um número entre 1 milhão e 2,5 milhões de toneladas no relatório de embarques semanais de amanhã dos Estados Unidos.
No levantamento mensal do USDA, houve corte nas estimativas de safra do Brasil e da Argentina, mas uma redução abaixo da esperada pelo mercado. Além disso, o USDA cortou a previsão para as importações da China e manteve inalterada a previsão para as exportações dos EUA.
O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,435 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 120,7 milhões de toneladas, mantendo a previsão de janeiro. A produtividade permaneceu estimada em 51,4 bushels por acre.
Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 134 milhões de toneladas, contra 139 milhões do mês
anterior. A safra da Argentina está estimada em 45 milhões de toneladas, menor que o previsto em janeiro, de 46,5 milhões.
O corte nas estimativas sul-americanas era esperado, mas ficou abaixo do que o mercado apostava, de 133 milhões para o Brasil e de 44,2 milhões para a Argentina. A safra do Paraguai teve sua estimativa reduzida de 8,5 milhões para 6,3 milhões de toneladas.
Câmbio
O dólar comercial fechou em 5,226, com perda de 0,64%. O fluxo estrangeiro na bolsa voltou a fortalecer o real. Porém, as incertezas fiscais continuam sendo motivo de preocupação. Para a próxima quinta-feira (10), o mercado volta as suas atenções para a divulgação da inflação nos Estados Unidos.