? Em alguns locais, nós tivemos preços de insumos a mais de 13%, além do custo normal e perda em torno de 36%, 37% provocada por falta de chuva ou por pragas ou doenças ? disse Micheletto.
As lavouras de milho, trigo, feijão e arroz foram as mais prejudicadas na troca por insumos. Em 2008, o preço dos fertilizantes no comércio internacional dobrou. Neste ano, foi registrada uma pequena redução, mas não o suficiente para retomar aos patamares praticados pelo mercado em 2007.
Entre os grandes produtores agrícolas do mundo, o Brasil é o que mais importa matérias-primas usadas na fabricação de adubos, o volume das compras externas de fósforo, nitrogênio e potássio chega a 60 por cento. Para evitar essa dependência, o deputado defende que o governo e a iniciativa privada passem a explorar minas existentes no país. Moacir Micheletto também critica a falta de uma política que garanta a renda dos produtores.
? O agricultor que está me ouvindo agora está pensando: será que eu tenho condições de buscar esse dinheiro pra poder financiar os meus insumos, se eu sou inadimplente, se eu estou devendo no banco, não paguei minha dívida? Eu acho que essa é a conjuntura. Não adianta fazer um plano financeiro, se você ainda está precisando de uma política de renda ? defendeu o deputado federal.