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Soja Brasil

Preços da soja aumentam de novo e produtores aproveitam para negociar

Contratos futuros negociados em Chicago chegaram a bater no melhor patamar desde setembro de 2012

Os preços da soja voltaram a subir nesta quinta-feira (9), acompanhando o desempenho positivo do dólar frente ao real e dos contratos futuros em Chicago. A movimentação melhorou, com os produtores aproveitando a puxada para negociar.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 196,00 para R$ 199,00

– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 195,50 para R$ 198,50

– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 201,00 para R$ 204,00

– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 194,50 para R$ 196,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca pulou de R$ 200,00 para R$ 202,00

– Rondonópolis (MT): a saca seguiu em R$ 180,50

– Dourados (MS): a cotação avançou de R$ 183,00 para R$ 185,00

– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 178,50 para R$ 179,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos, mas abaixo das máximas do dia. O mercado chegou a bater no melhor patamar desde setembro de 2012 por conta de sinais positivos para a demanda americana. Os agentes se posicionaram frente ao relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado nesta sexta-feira (10).

soja
Foto: Luiz Henrique Magnante/Embrapa

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 429.900 toneladas na semana encerrada em 2 de junho. Representa um forte avanço frente à semana anterior e uma elevação de 41% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 128.900 toneladas.

Para a temporada 2022/23, ficaram em 595.300 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 500 mil e 1,1 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 143.000 toneladas de soja para destinos desconhecidos. São 500 toneladas para entrega na temporada 2021/22 e outras 142,5 mil toneladas para 2022/23.

O USDA deverá cortar a sua estimativa para a safra de soja americana na nova temporada e também reduzir a previsão para os estoques finais.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,638 bilhões de bushels. Em maio, a estimativa ficou em 4,64 bilhões de bushels. Os estoques deverão ser reduzidos de 310 milhões para 295 milhões de bushels. Para os estoques de 21/22, a aposta também é de redução, de 235 milhões para 217 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial, o Departamento deverá indicar estoques de 99,8 milhões de toneladas para 2022/23, contra 99,6 milhões de toneladas do relatório anterior. Para 2021/22, o número deverá ser cortado de 85,2 milhões para 85 milhões de toneladas.

A safra brasileira 2021/22 deve ser cortada de 125 milhões para 124,8 milhões de toneladas. A produção da Argentina deverá ser revisada para cima, passando de 42 milhões para 42,2 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 29,00 centavos ou 1,66% a US$ 17,69 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 16,79 por bushel, com ganho de 17,00 centavos de dólar ou 1,02%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 11,90 ou 2,86% a US$ 427,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 82,63 centavos de dólar, com perda de 0,71 centavo ou 0,37%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 0,59%, cotado a R$ 4,9180.O movimento de hoje teve impacto direto do retrocesso da reabertura chinesa e o aumento do temor global com a inflação. No âmbito doméstico, o cenário fiscal continua nebuloso.

Agenda de sexta

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Relatório de maio de oferta e demanda mundial e norte-americana de grãos – USDA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no Mato Grosso – Imea, na parte da tarde.

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