O mercado brasileiro de soja teve um dia travado nesta quinta-feira.
Os preços recuaram, acompanhando a volatilidade nas variáveis formadoras de preços: a Bolsa de Chicago e o dólar.
Os produtores brasileiros seguram o produto, esperando para vendê-lo a R$ 200 por tonelada.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 186 para R$ 185.
Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 185 para R$ 184.
No Porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 192 para R$ 190.
Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 187 para R$ 183.
No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 193,50 para R$ 189,50.
Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 174 para R$ 172.
Em Dourados (MS), a cotação foi de R$ 176 para R$ 174.
Em Rio Verde (GO), a saca desvalorizou de R$ 171 para R$ 170.
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços bem mais baixos.
Após um início de manhã volátil, o mercado se firmou no território, embolsando parte dos lucros acumulados recentemente.
As exportações semanais norte-americanas vieram confusas e trouxeram ceticismno ao mercado.
Os investidores também digeriram os últimos números do Crop Tour, além do Produto Interno Bruto do país.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1º de setembro, ficaram em 503.700 toneladas na semana encerrada em 18 de agosto.
A China liderou as importações, com 341.900 toneladas.
Para a temporada 2022/23, ficaram em 4.693.000 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 1,25 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,6% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior, em base anualizada, uma queda menor do que a do primeiro trimestre, quando houve redução de 1,6%.
Os dados são da segunda leitura divulgada pelo Departamento de Comércio do país. Na primeira leitura, o PIB havia caído 0,9%.
Os analistas previam uma queda de 0,5% para a segunda leitura.
As lavouras de soja em Illinois, na região central dos Estados Unidos, estão com desenvolvimento melhor neste ano, na comparação com a média dos últimos três anos, segundo avaliação dos participantes da “Crop Tour”, realizada pela Pro Farmer.
Ante ao ano passado, o desenvolvimento está pior. A contagem de vagens da soja chega a 1.249,7 em uma área de três pés por três pés, ante 1.174,95 de média dos últimos três anos.
No ano passado, o Crop Tour estimou a contagem de vagens em 1.279,79 em uma área de três pés por três pés.
Já as lavouras de soja no oeste de Iowa, no oeste dos Estados Unidos, estão com desenvolvimento melhor frente à média dos últimos três anos na maioria das amostras.
A contagem de vagens da soja soma 1.089 em uma área de três pés por três pés na primeira amostra, 1.258 na segunda e 1.223 na terceira.
Na média dos últimos três anos, a contagem de vagens atinge 1.066, 1.199 e 1.250, respectivamente.
No ano passado, somavam 1.089 na primeira, 1.225 na segunda e 1.367 na terceira. Os dados do total do estado saem amanhã.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 25,75 centavos de dólar por bushel ou 1,76%, a US$ 14,31 1/4 por bushel.
A posição janeiro de 2023 teve cotação de US$ 14,36 1/4 por bushel, com perda de 25,25 centavos ou 1,74%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com queda de US$ 15,00 ou 3,49%, a US$ 414,30 por tonelada.
No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 65,91 centavos de dólar, retração de 0,07 centavo ou 0,10%.