O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e de preços mais baixos. As cotações cederam à pressão conjunta exercida pela queda dos contratos futuros em Chicago e pelo recuo do dólar frente ao real. Os negociadores se afastaram do mercado e travaram a comercialização.
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos baixou de R$ 190,00 para R$ 188,00
- Região das Missões: a cotação ficou em R$ 189,00
- Porto de Rio Grande: o preço caiu de R$ 196,00 para R$ 194,50
- Cascavel (PR): o preço recuou de R$ 188,00 para R$ 184,50
- Porto de Paranaguá (PR): a saca passou de R$ 194,50 para R$ 191,00
- Rondonópolis (MT): a saca caiu de R$ 177,00 para R$ 172,00
- Dourados (MS): a cotação baixou de R$ 177,00 para R$ 173,00
- Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 171,00 para R$ 168,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira (19) com preços em baixa, mas acima das mínimas do dia. Após os fortes ganhos de ontem, um movimento de vendas técnicas e de realização de lucros pressionou as cotações.
Na primeira parte da sessão, a correção de rumo foi impulsionada pela queda do petróleo e de outras commodities. Mas com a recuperação do barril, a queda da soja foi amenizada.
Os participantes seguem de olho nos mapas meteorológicos. A previsão de tempo seco em parte das regiões produtoras dos Estados segue sendo motivo de preocupação.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)divulgou ontem dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 17 de julho, 61% estavam entre boas e excelentes condições o mercado esperava 62%, 29% em situação regular e 14% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 62%, 29% e 9%, respectivamente.
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 20,00 centavos ou 1,33% a US$ 14,77 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,58 1/4 por bushel, com perda de 22,00 centavos de dólar ou 1,59%.
Nos subprodutos, a posição agosto do farelo fechou com alta de US$ 0,50 ou 0,11% a US$ 435,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em agosto fecharam a 61,89 centavos de dólar, com perda de 1,31 centavo ou 2,07%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em queda de 0,11%, cotado a R$ 5,4190. A moeda, que operou abaixo dos R$ 5,40 durante boa parte da sessão – impactada por um movimento de correção e maior apetite ao risco globais -, ganhou força, puxada pela disparada da inflação na Europa (+8,6% no acumulado de 12 meses, até julho), reforçando as expectativas de um Banco Central Europeu (BCE) mais hawkish (duro, propenso ao aumento de juros) na reunião desta quinta-feira.