Apesar da queda de Chicago, os preços da soja subiram no mercado físico brasileiro, acompanhando a alta do dólar sobre o real.
O ritmo dos negócios melhorou, mas seguiu limitado a operações pontuais, com os produtores optando por vender milho nesse momento e segurar a oleaginosa.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 184,00 para R$ 185,00.
Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 183,00 para R$ 184,00.
No Porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 190,00 para R$ 191,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 182,50 para R$ 186,00.
No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 189,00 para R$ 192,50.
Em Rondonópolis (MT), a saca foi de R$ 164,50 para R$ 173,00.
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos, pela terceira sessão consecutiva.
O mercado foi pressionado pela expectativa de ampla oferta global da oleaginosa.
No curto prazo, a previsão da entrada de uma safra cheia nos Estados Unidos. E, no longo, a perspectiva de plantio e produção recorde no Brasil.
Completando o cenário negativo, a aversão ao risco no cenário financeiro persiste.
Os investidores fogem das aplicações em commodities e buscam soluções mais seguras.
Amenizando o impacto baixista, houve novo anúncio de vendas por parte dos exportadores privados americanos.
Dessa vez, foram 167 mil toneladas para a China.
O mercado aguarda agora a divulgação, ou não, dos embarques semanais americanos.
Após o confuso relatório da semana passada, ainda não há certeza sobre a atualização dos dados.
De qualquer forma, a aposta do mercado é número entre 700 mil e 1,8 milhão de toneladas.
No mês, o balanço foi negativo, com a posição novembro acumulando queda de 3,13%.
O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos e a apreensão com a economia global pesaram sobre as cotações.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 10,00 centavos ou 0,69% a US$ 14,22 1/2 por bushel.
A posição janeiro teve cotação de US$ 14,27 3/4 por bushel, com perda de 9,75 centavos de dólar ou 0,67%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 9,40 ou 2,21% a US$ 415,10 por tonelada.
No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 67,48 centavos de dólar, com ganho de 1,13 centavo ou 1,7%.