Se comparada com a safra anterior, que foi devastada pela estiagem, a evolução pode chegar a 85,8%. Mesmo a previsão mais pessimista, de 11,79 milhões de toneladas, fica acima de 2010/2011, a maior produção da história no Rio Grande do Sul, de 11,62 milhões de toneladas.
Segundo o analista de mercado Farias Toigo, a tendência é que a variação dos preços seja pequena no período. Apesar da redução do valor da soja no mercado nos últimos dias com a entrada da safra norte-americana, o especialista diz que os estoques mundiais estão baixos e a demanda deve se manter alta ao longo da colheita:
– Os preços terão nova alta em novembro e dezembro e, com a entrada da safra sul-americana, devemos ter queda, mas ainda vai permanecer acima de patamares históricos (no Estado).
Em área, o crescimento pode chegar a até 7%, com 4,49 milhões de hectares, outro recorde para a cultura. As lavouras de arroz devem sofrer redução de no máximo 3%.
– O que chamou a atenção dos técnicos neste primeiro levantamento é que o plantio da soja deve ocorrer em áreas delimitadas para o pousio (repouso dado para terras cultiváveis que pode durar até três anos) do arroz – destaca Glauto Melo, superintendente regional da Conab no Rio Grande do Sul.
Com o retorno da chuva, Melo avalia que o próximo levantamento deve trazer um reflexo mais positivo para a área do arroz por causa da recuperação dos rios que vão abastecer as plantações da cultura.
No total, a safra gaúcha de grãos pode chegar a 28,38 milhões de toneladas, ainda abaixo do recorde do período 2010/2011 de 28,82 milhões de toneladas. No Brasil, a colheita de grãos pode ter um crescimento de até 10%, segundo a Conab – entre 177,68 milhões e 182,27 milhões de toneladas.
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