Soja Brasil

Preços da soja reagem, mas negociações seguem escassas no país

Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros tiveram um movimento de compras técnicas, impulsionados pelo atraso no ritmo do plantio da safra norte-americana

O mercado brasileiro de soja apresentou poucos negócios nesta terça-feira (10), reflexo da falta de oferta. Os preços reagiram nas principais praças do país, mas o movimento foi insuficiente para trazer os negociadores de volta ao mercado.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 195,00 para R$ 196,00

– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 194,00 para R$ 195,00

– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 195,00 para R$ 196,50

– Cascavel (PR): o preço subiu de R$ 188,00 para R$ 188,50 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 195,00 para R$ 195,50

– Rondonópolis (MT): a saca seguiu em R$ 177,50

– Dourados (MS): a cotação permaneceu em R$ 180,00

– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 173,50 para R$ 174,50

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em alta moderada, abaixo das máximas. Após atingir os menores níveis em cinco semanas, um movimento de compras técnicas, impulsionado pelo atraso no ritmo do plantio da safra
americana, garantiu a elevação.

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Mas a alta foi limitada pela nova queda acentuada do petróleo e pelo aumento da aversão ao risco no mercado financeiro. Os agentes seguem se posicionando frente ao relatório de maio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O Departamento divulga na quinta, 12, o seu primeiro levantamento com o quadro de oferta e demanda norte-americano para a temporada 2022/23. O USDA deverá indicar previsão de produção e estoques finais acima dos projetados para a atual temporada. O relatório de maio do Departamento será divulgado às 13hs.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,604 bilhões de bushels, contra 4,435 bilhões da temporada 2022/23. Os estoques deverão ficar em 319 milhões de bushels, contra os atuais 260 milhões. Esse número deverá ser revisado para 222 milhões, aposta o mercado.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial, a previsão do USDA deve indicar 98 milhões de toneladas para 2022/23, contra os atuais 89,6 milhões estimados pelo USDA para 2021/22. O mercado aposta em um corte para 89 milhões de toneladas.

A safra brasileira 2021/22 deve ser cortada de 125 milhões para 124,5 milhões de toneladas. A produção da Argentina também deverá ser revisada para baixo, passando de 43,5 milhões para 42,8 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 7,00 centavos ou 0,44% a US$ 15,92 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 15,47 3/4 por bushel, com ganho de 10,25 centavos de dólar ou 0,44%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,30 ou 0,32% a US$ 401,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 81,04 centavos de dólar, com ganho de 1,30 centavo ou 1,63%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em queda de 0,42%, cotado a R$ 5,1340. A moeda, que oscilou durante grande parte da sessão, refletiu o cenário externo desta terça, com maior apetite ao risco.