O ritmo de negócios com soja foi lento nesta quinta-feira (8), repetindo o movimento dos últimos dias em virtude do feriado de 7 de setembro. Os registros foram pontuais. Os preços caíram, puxados pelo dólar e pelo prêmio mais baixo. O produtor se mostra capitalizado, podendo evitar negociar nos atuais patamares.
Veja as cotações no mercado físico
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Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 185,50 para R$ 181,50
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Região das Missões: a cotação recuou de R$ 184,50 para R$ 180,50
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Porto de Rio Grande: o preço baixou de R$ 191,00 para R$ 187,50
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Cascavel (PR): o preço desvalorizou de R$ 185,50 para R$ 180,50
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Porto de Paranaguá (PR): a saca teve retração de R$ 191,00 para R$ 187,00
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Rondonópolis (MT): a saca foi de R$ 174,00 para R$ 171,00
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Dourados (MS): a cotação estabilizou em R$ 173,00
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Rio Verde (GO): a saca decresceu de R$ 171,00 para R$ 167,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em leve alta, em dia de muita volatilidade. Compras de barganha asseguraram as altas, após a forte baixa de quarta. Mas as preocupações com a demanda chinesa limitaram a reação.
As importações de soja em grão pela China no mês de agosto somaram 7,17 milhões de toneladas. Caíram 24,5% frente ao mesmo mês do ano passado, quando somou 9,49 milhões. Também é inferior a julho, quando foram importadas 7,88 milhões de toneladas.
Segundo dados alfandegários, os altos preços internacionais e a menor demanda refletiram no apetite pela oleaginosa. No acumulado do ano, as importações chinesas somam 61,33 milhões de toneladas, baixa de 8,6% sobre igual período do ano anterior.
Os investidores começam a se posicionar frente ao relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que deve reduzir a sua estimativa para a safra e os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2022/23. Os estoques para 2021/22 deverão ser elevados. O relatório de setembro do Departamento será divulgado na segunda (12), às 13hs.
O que espera o mercado
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,481 bilhões de bushels em 2022/23. Em agosto, a previsão ficou em 4,531 bilhões de bushels. No ano passado, a safra somou 4,435 bilhões de bushels.
Para os estoques finais, o mercado indica número de 240 milhões para a temporada 2022/23 e de 233 milhões para 2021/22. Em agosto, a previsão do USDA era de 245 milhões e 225 milhões, respectivamente.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 101,1 milhões de toneladas, contra 101,4 milhões estimados em agosto. Para 2021/22, a aposta é de estoques subindo de 89,7 milhões para 89,9 milhões de toneladas.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 2,50 centavos ou 0,18% a US$ 13,86 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,91 1/4 por bushel, com ganho de 2,50 centavos de dólar ou 0,18%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,90 ou 1,42% a US$ 405,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 63,23 centavos de dólar, com ganho de 1,13 centavos ou 1,81%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,61%, negociado a R$ 5,2070 para venda e a R$ 5,2050 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1800 e a máxima de R$ 5,2380.