Os preços da soja recuaram nominalmente nesta quinta-feira no mercado físico brasileiro, acompanhando a sinalização de Chicago e do dólar. No entanto, o dia foi parado em termos de negócios, com os produtores retraídos e apostando em preços melhores diante dos prejuízos para a safra do país em decorrência da estiagem.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos recuou de R$ 185,00 para R$ 183,00
– Região das Missões: a cotação caiu de R$ 184,00 para R$ 182,00
– Porto de Rio Grande: o preço passou de R$ 188,00 para R$ 187,00
– Cascavel (PR): o preço baixou de R$ 178,00 para R$ 176,50 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca baixou de R$ 183,50 para R$ 182,00
– Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 170,00 para R$ 171,00
– Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 170,00
– Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 166,00 para R$ 168,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos, mas acima das mínimas do dia. O fraco resultado das exportações semanais americanas determinou um movimento de realização de lucros. As perdas foram limitadas pelas preocupações com a safra sul-americana, em meio aos efeitos da estiagem sobre o potencial produtivo.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 382.700 toneladas na semana encerrada em 30 de dezembro – menor patamar da temporada. Representa um recuo de 27% frente à semana anterior e uma retração de 63% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 353.900 toneladas.
Para a temporada 2022/23, foram mais 67,1 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 300 mil e 900 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento a venda de 102.000 toneladas de soja ao México, a serem entregues na temporada 2021/22.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 7,50 centavos de dólar por bushel ou 0,53% a US$ 13,87 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,96 por bushel, com perda de 7,00 centavos ou 0,49%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 2,40 ou 0,58% a US$ 411,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 58,90 centavos de dólar, com baixa de 0,54 centavo ou 0,9%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em R$ 5,6790, com queda de 0,54%. A moeda norte-americana oscilou durante grande parte da sessão, mas ao final trilhou o caminho baixista, ainda digerindo a postura mais agressiva do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e as corriqueiras incertezas fiscais
domésticas.