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Soja Brasil

Preços da soja melhoram na maioria das regiões e comercialização ganha ritmo

Relatório do USDA divulgado nesta quarta projetou safra mundial da oleaginosa em 390,53 milhões de toneladas

Monte de soja em grão formando mapa do Brasil. Sobre ele, três notas de 50 reais. Ao redor, moedas de diversos valores
Preços da soja no Brasil. Foto: Daniel Popov/Canal Rural

Os preços da soja tiveram comportamento regionalizado nesta quarta-feira (9) no mercado brasileiro. No entanto, os ganhos predominaram, garantindo uma melhora na comercialização. Chicago teve um dia volátil e fechou com as primeiras posições em leve alta. O dólar voltou a subir. O relatório do USDA trouxe poucas surpresas.

Confira o fechamento nas principais praças

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 183,00 para R$ 184

  • Região das Missões: a cotação avançou de R$ 182,00 para R$ 183,00

  • Porto de Rio Grande: o preço baixou de R$ 191,00 para R$ 190,00

  • Cascavel (PR): o preço recuou de R$ 183,50 para R$ 183,00

  • Porto de Paranaguá (PR): a saca passou de R$ 190,50 para R$ 190,00

  • Rondonópolis (MT): a saca permaneceu em R$ 169,00

  • Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 175,00

  • Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 172,50 para R$ 173,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mistos. Em dia de relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), houve muita volatilidade. As primeiras posições subiram e as mais distantes caíram.

Os primeiros contratos se recuperaram com base em novas vendas por parte dos exportadores privados americanos. Desta vez foram 264 mil toneladas para a China e 198 mil toneladas para destinos não revelados.

As posições mais distantes foram pressionadas pelos números do USDA, que mostraram estoques e safra americana acima das previsões. Além disso, o petróleo despencou e as expectativas são favoráveis sobre a safra brasileira. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou produção recorde de 153,5 milhões de toneladas.

O relatório de novembro do USDA indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,346 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 118,3 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 50,2 bushels por acre.

Em outubro, as indicações eram de 4,313 bilhões de bushels – 117,4 milhões de toneladas – e 49,8 bushel, respectivamente. O mercado apostava em número de 4,324 bilhões de bushels para a safra ou 117,7 milhões de toneladas.

Os estoques finais estão projetados em 220 milhões de bushels ou 5,98 milhões de toneladas, contra 200 milhões do relatório anterior, ou 5,44 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 215 milhões ou 5,85 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,245 bilhões de bushels e exportação de 2,045 bilhões. No mês passado, a previsão era de 2,235 bilhões e de 2,045 bilhões, respectivamente.

Safra mundial

Foto: Embrapa Soja

O relatório projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 390,53 milhões de toneladas. Em outubro, a projeção era de 390,99 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 102,17 milhões de toneladas, contra 100,52 milhões de toneladas de outubro. O mercado esperava por estoques finais de 100,9 milhões de toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 5,50 centavos ou 0,38% a US$ 14,52 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 14,57 1/4 por bushel, com ganho de 4,00 centavos de dólar ou 0,27%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 1,70 ou 0,40% a US$ 417,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 75,54 centavos de dólar, com ganho de 0,51 centavo ou 0,67%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 0,66%, cotado a R$ 5,1840. A moeda, que oscilou durante toda a sessão, refletiu as indefinições sobre a formação da equipe econômica de Lula (PT).

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