Os preços da soja tiveram queda significativa no Brasil nesta terça-feira (11). Com a retração do dólar e dos prêmios, os produtores evitaram negociar, mantendo o mercado travado. Ainda assim, há necessidade de abertura de espaço nos armazéns, o que deve forçar vendas a preços não tão atrativos.
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 149,00 para R$ 147,00
- Região das Missões: recuou de R$ 147,00 para R$ 145,00
- Porto de Rio Grande: baixou de R$ 154,00 para R$ 152,00
- Cascavel (PR): permaneceu em R$ 138,00
- Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 150,00 para R$ 148,00
- Rondonópolis (MT): depreciou de R$ 132,00 para R$ 130,00
- Dourados (MS): teve retração de R$ 136,00 para R$ 134,50
- Rio Verde (GO): decresceu de R$ 133,00 para R$ 131,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. Em dia de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a alta do petróleo e a queda do dólar garantiram a elevação, evidenciando um cenário de menor aversão ao risco no financeiro e ajudando as commodities.
O órgão não alterou os dados de oferta e demanda dos Estados Unidos, contrariando o mercado que apostava em um corte nos estoques. No entanto, reduziu mais que o esperado a previsão para a safra da Argentina. O impacto foi pequeno sobre as cotações.
O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,276 bilhões de bushels em 2022/23, o equivalente a 116,4 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,5 bushels por acre, mantendo as indicações de março.
Estoques finais
Os estoques finais estão projetados em 210 milhões de bushels ou 5,72 milhões de toneladas, repetindo a estimativa do mês anterior. O mercado apostava em carryover de 201 milhões ou 5,47 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,220 bilhões de bushels e exportação em 2,015 bilhões, sem alteração na comparação com o mês anterior.
O USDA projetou safra mundial de soja em 2022/23 de 369,64 milhões de toneladas. Em março, a projeção era de 375,15 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 100,29 milhões de toneladas, contra 100 milhões de toneladas de março. O mercado esperava por estoques finais de 98,6 milhões de toneladas.
A safra brasileira foi elevada de 153 milhões para 154 milhões de toneladas e a produção argentina cortada de 33 milhões para 27 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 153,6 milhões e 29 milhões de toneladas, respectivamente.
A China deverá importar 96 milhões de toneladas, mesma previsão indicada no mês anterior.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 10,00 centavos ou 0,67% a US$ 14,97 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,71 1/4 por bushel, com ganho de 9,50 centavos de dólar ou 0,64%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo fechou com alta de US$ 7,10 ou 1,57% a US$ 457,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 54,89 centavos de dólar, com ganho de 0,41 centavo ou 0,75%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 1,16%, sendo negociado a R$ 5,0070 para venda e a R$ 5,0050 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9890 e a máxima de R$ 5,0610.