Na estimativa do secretário de Agricultura, João Rodrigues, as perdas podem chegar a R$ 400 milhões. Ele avalia que o prejuízo no milho pode alcançar 25%.
O analista do Instituto Cepa Francisco Heiden afirmou que as perdas no oeste e extremo-oeste são mais significativas.
– Nestas regiões há produtores que perderam tudo – afirma Heiden.
O agricultor Neuri Girardi, de Chapecó, estima em 60% a perda nos 12 hectares de milho que plantou. Ele esperava fazer 600 toneladas de silagem e agora deve conseguir apenas 250 toneladas.
– Vou ter que comprar mais alimento pras vacas – disse Girardi.
O agricultor produz cerca de 15 mil litros de leite por mês. A produção já caiu de três a quatro mil litros. Para não diminuir ainda mais, ele terá que utilizar ração, o que encarece a produção.
– Meu custo vai aumentar em torno de uns 20% – calcula.
Mesmo com a situação tão crítica no oeste, em outras regiões de Santa Catarina o desenvolvimento das lavouras está normal, segundo o analista do Cepa. Além disso, mesmo no oeste, há algumas lavouras que receberam mais chuva e tiveram um bom desenvolvimento.
Heiden disse que parte do milho já estava formado quando iniciou a estiagem. Já nas lavouras de soja, onde as perdas ainda são pequenas, o prejuízo pode ser grande se não chover em janeiro.