- Boi: arroba fica estável no mercado físico, mas recua na B3
- Milho: problema nos EUA gera forte queda dos preços em Chicago e no Brasil
- Soja: Chicago recua de maneira expressiva
- Café: arábica fica estável no Brasil e em Nova York
- No exterior: inflação ao produtor nos EUA também fica bem acima do esperado em abril
- No Brasil: IBC-Br tem alta anual de 2,3% no primeiro trimestre
Agenda:
- Brasil: evolução da colheita de soja (Safras & Mercado)
- Brasil: dados das lavouras do Mato Grosso (Imea)
- EUA: produção industrial de abril (Fed)
Boi: arroba fica estável no mercado físico, mas recua na B3
Após alguns dias de queda das cotações no mercado físico em oposição ao avanço observado nos contratos futuros negociados na B3, a arroba ficou estável no físico e recuou na bolsa. Com a aproximação da segunda quinzena do mês, em que naturalmente o consumo de carne bovina se reduz no Brasil, a pressão negativa do aumento da oferta pode seguir gerando desvalorização da arroba.
Na B3, a queda nas cotações foi disseminada entre a curva futura, mas com variações pequenas. O vencimento para maio passou de R$ 309,25 para R$ 308,95, o para junho foi de R$ 313,95 para R$ 313,20, e o para outubro, de R$ 332,80 para R$ 332,40 por arroba.
Milho: problema nos EUA gera forte queda dos preços em Chicago e no Brasil
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações do milho em Chicago recuaram de maneira expressiva em virtude de notícias de que o tráfego de navios e barcas em região importante nos Estados Unidos está sendo bloqueado. O mercado especula se isso pode acarretar diminuição da demanda internacional por grãos norte-americanos. Além disso, os resultados de exportação dos EUA ficaram abaixo do esperado. Dessa forma, o vencimento para julho recuou 5,6% e ficou cotado a US$ 6,746 por bushel.
No Brasil, as cotações tiveram queda expressiva seguindo movimento de Chicago. Em Cascavel (PR), a saca passou de R$ 105/109 para R$ 103/105, e em Campinas (SP), de R$ 108/110 para R$ 107/109. Na B3, as baixas foram ainda maiores e grande parte da curva já está sendo negociada abaixo de R$ 100 por saca.
Soja: Chicago recua de maneira expressiva
O mesmo problema de bloqueio do escoamento da produção apontado para o milho penalizou as cotações da soja negociada em Chicago. O vencimento para julho recuou 3,56% e passou de US$ 16,424 para US$ 15,84 por bushel, anulando totalmente as duas boas altas observadas entre terça e quarta-feira.
No Brasil, o mercado sentiu a pressão do exterior e o indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de baixa dos preços. A cotação variou -2,57% em relação ao dia anterior e passou de R$ 182,97 para R$ 178,27 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 15,83% e em 12 meses, os preços alcançaram 54,65% de alta.
Café: arábica fica estável no Brasil e em Nova York
O mercado físico brasileiro de café arábica registrou preços estáveis, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Com a volatilidade observada no exterior, as negociações no Brasil ficaram travadas. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 785/795, e no cerrado mineiro, o bebida dura ficou em R$ 800/810.
Em Nova York, os preços ficaram praticamente sem alteração com o contrato para julho, recuando 0,07%, passando de US$ 1,465 para US$ 1,464 por libra-peso. As cotações oscilaram bastante durante o pregão, porém, a forte queda do petróleo acabou exercendo o maior ponto de pressão negativa sobre os preços.
No exterior: inflação produtor nos EUA também fica bem acima do esperado em abril
Um dia após a inflação ao consumidor surpreender negativamente o mercado ficando muito acima do esperado, o índice de preços ao produtor mostrou comportamento similar. A alta no mês de abril foi de 0,6% enquanto as projeções indicavam avanço de 0,3%, na comparação mensal. Na variação acumulada em 12 meses, o indicador teve alta de 6,2%, ante expectativa de 3,8%.
Por outro lado, o mercado de trabalho mostrou sinais positivos com mais um recuo nos pedidos de seguro-desemprego. Com a diminuição da aversão ao risco, as bolsas europeias e norte-americanas apresentaram recuperação parcial após as fortes quedas do dia anterior.
No Brasil: IBC-Br tem alta anual de 2,3% no primeiro trimestre
O IBC-Br, indicador conhecido como prévia do PIB e calculado pelo Banco Central, teve alta anual de 2,3% no primeiro trimestre. O resultado ficou bem acima do projetado pelo mercado e gerou revisão de estimativas para o crescimento do PIB em 2021. O resultado em março foi uma queda de 1,59% em relação a fevereiro e também foi melhor que as expectativas que projetavam recuo ainda maior em virtude da piora da pandemia.
Com uma pressão menor do exterior, o índice Ibovespa teve valorização de 0,83% e ficou cotado a 120.705 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial, apesar de operar em queda na maior parte do dia, fechou em leve alta de 0,15%, a R$ 5,313.