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Soja Brasil

Produtor de Tocantins é um dos indicados ao Personagem Soja Brasil. Conheça sua história

Com propriedades em Porto Nacional (TO) e Chapadão do Céu (GO), ele foca em cultivo de grãos apoiado em energia solar e integração lavoura-pecuária

A maior honraria concedida a produtores rurais e pesquisadores da cultura da soja já está com as votações abertas. Trata-se do Personagem Soja Brasil, a ser escolhido até o dia 29 de março por você, leitor. Para te ajudar a conhecer cada um dos indicados, apresentamos a história e trajetória deles em nossos jornais. Desta vez, destacamos o produtor rural de Porto Nacional (TO), Renato Schneider.

“Tenho 56 anos e o foco de nosso negócio é produtividade com sustentabilidade”, declara. “No ano de 1983, éramos uma família produtora de leite, naquele modelo mais antigo, em que tinha de tirar o leite pela madrugada porque o caminhão que o recolhia passava em torno das 5h. Depois surgiu a oportunidade de irmos para Chapadão do Céu (GO), onde começamos como arrendatários e depois fomos adquirindo propriedades. Hoje falamos que foi graças às vacas leiteiras que viramos agricultores no Centro-Norte do Brasil”, conta.

Renato Schneider - Personagem Soja Brasil
Foto: Reprodução

De acordo com Schneider, entre Goiás e Tocantins, planta 10,5 mil hectares de agricultura, com soja, milho, milho-safrinha, sorgo e feijões. “Fazemos integração lavoura-pecuária […]. Dentro deste contexto, o resíduo de armazém, por exemplo, dá viabilidade econômica para os confinamentos e os dejetos do confinamento viram adubo para a lavoura e assim sucessivamente, pensando em criar um ciclo de sustentabilidade em nosso negócio”, explica o produtor.

Insumos renováveis para a soja

Schneider diz que há investimento robusto em energia fotovoltaica tanto na propriedade de Goiás como na de Tocantins. “Estamos hoje autossuficientes com energia. Temos um projeto que já está bem organizado em Goiás que é a produção própria de toda a madeira que a gente queima para a secagem de soja e milho”, detalha.

Segundo ele, a questão da produtividade com sustentabilidade é uma mercadoria que chegou para ser comprada ou vendida porque, futuramente, o mundo vai pagar por uma agricultura mais limpa. “Existem os produtos biológicos chegando e é um caminho sem volta. Acredito que quem não está pensando em produzir com sustentabilidade possivelmente terá problemas no médio e longo prazos”, declara.

Schneider se considera uma pessoa que sempre busca encontrar novos horizontes e novas oportunidades. “Isso faz com que tenhamos números que, às vezes, assustam os interlocutores. Crescimento de 20% ao ano na última década é algo que chama a atenção. Esse é o nosso modelo e quando falo ‘nosso’ é porque toda a família pensa assim e está inserida”.

Para ele, a indicação à premiação do Personagem Soja Brasil é um indicativo de que o modelo de negócios está no caminho certo. “Talvez possamos servir de exemplo a várias pessoas. Trabalhar com soja no Brasil é motivo de orgulho”.

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