Produtores do Paraná vão a Brasília pressionar por votação do Código

Ruralistas estão preocupados em não conseguir se adequar às possíveis alteraçõesProdutores rurais do Paraná voltam a Brasília na próxima segunda, dia 9, para manter a pressão sobre o Congresso para que o novo Código Florestal seja finalmente votado. O Paraná tem quase 90% de propriedades rurais classificadas como pequenas e médias e o setor calcula que muitos não vão conseguir se adequar à nova lei caso as alterações propostas por Aldo Rebelo fiquem de fora do documento.

Dos quase 20 milhões de hectares de território que possui, o Paraná tem cerca de 18 milhões de hectares ocupados com agricultura, pecuária e matas, o restante são cidades e rios. Os produtores têm buscado a excelência em técnicas que aumentem a produtividade, por essa razão acreditam que é fundamental que o novo Código contemple o setor com a isenção dos 20% de reserva legal para propriedades com até quatro módulos fiscais, que no Estado atingem 72 hectares. Das quase 380 mil registradas, grande parte se enquadrada nessa área e seria beneficiada.

Outra medida polêmica é a autorização para que as áreas de preservação permanente (APPs) façam parte da reserva legal, aspecto que atinje diretamente os pequenos produtores paranaenses. Finalmente, a anistia para quem já desmatou não exigiria que os produtores completassem a porcentagem de mata com áreas atualmente produtivas. As questões, de difícil consenso, levaram produtores para Brasília na semana prevista inicialmente para votação. Agora eles garantem que voltam na próxima semana.

Como o deputado federal Aldo Rebelo cedeu ao apelo dos ambientalistas e deixou no relatório os 30 metros de mata ciliar para rios estreitos, quando anteriormente propôs 15 metros, as lideranças paranaenses acreditam que é preciso manter a pressão tanto para que o código seja votado no dia 10, como para que não haja mais qualquer alteração no documento do relator.

O presidente do Sindicato Rural de Londrina, Narciso Pissinatti, uma comitiva está organizada para voltar a Brasília e presisonar pela votação.
 
? De uma forma geral a gente vê muita insegurança na hora de ter um resultado a nosso favor. Existem muitas conversas, muitas barganhas, muita troca e às vezes nós, que não temos nada com o negócio ficamos na dependência deles. Nessa próxima reunião, que acontece na terça-feira, nós temos que estar lá com essa força, voltando lá com esse grupo forte para dar apoio aos nossos deputados, e não só do nosso estado, para que termine essa novela ? declara Pissinati.