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Queda do dólar aquece as vendas de adubo no Rio Grande do Sul

Estado teve alta de 6,87% nas comercializações do produto este anoPara cada hectare semeado na Fazenda Bela Vista, na região do Salto do Jacuí, no Rio Grande do Sul, o produtor rural Jorge de Moraes, 49 anos, empregou 330 quilos de fertilizante por hectare. São 30 quilos a mais em comparação ao plantio do ciclo anterior, número que aponta uma tendência da safra de verão 2010/2011: a lavoura gaúcha terá mais tecnologia para enfrentar o período de La Niña.

Na área localizada no Passo Real, Moraes cultiva 1,2 mil hectares entre trigo, aveia e soja. O grão dourado domina a lavoura. São 800 hectares, 200 herdados do milho, abandonado por enquanto.

? O dólar baixo segura o preço da soja, que mesmo assim tem um bom valor. Existe demanda internacional, em especial da China. No entanto, é ano de La Niña, e haverá queda de produtividade. De olho em maior rentabilidade, o produtor quer colher mais na mesma área, e investir em tecnologia ajudará nisso ? explica Ernesto Irgang, gerente de desenvolvimento e suporte estratégico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Estado.

O caminho é investir em tecnologia, aproveitando outro reflexo do câmbio. A desvalorização da moeda americana puxa para baixo o preço dos insumos, com matéria-prima importada. A queda reflete no mercado. Conforme o Sindicato da Indústria de Adubos do Estado (Siargs), de janeiro a outubro deste ano foram vendidos 2,6 milhões de toneladas de insumos, 6,87% a mais em relação ao mesmo período de 2009. No país, a alta é de 6,37%.

? Na última safra, paguei R$ 1 mil pela tonelada do adubo. Na atual, custou R$ 740 ? destaca Moraes, à espera dos resultados, pois quer passar de 42 para 52 sacas colhidas por hectare.

A alta se encaixa nas contas do técnico agrícola Adeleir Antonio Pedrassani, da Emater de Salto do Jacuí.

? Uma lavoura bem adubada pode render 20% a mais de soja. Profissionaliza o plantio ? afirma Pedrassani.

Para a safra de verão, o trabalho de Moraes começou em junho, pelo uso do calcário, a fim de corrigir o solo. O material reduz a acidez e facilita a absorção do adubo, empregado durante o plantio, em outubro e novembro. O resultado sairá na colheita, em fevereiro. Até lá, o produtor espera que o investimento ajude a atenuar as perdas causadas pelo clima.

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