Segundo Rodrigues, o governo de Roraima dispõe de áreas devolutas que somam 2,2 milhões de hectares, onde seria possível instalar projetos agrícolas em módulos de até 2,5 mil hectares, que seriam arrendados em regime de comodato por dez anos, após o qual o produtor ser tornaria proprietário da terra.
O vice-governador afirmou que atualmente a soja ocupa uma área de cinco mil hectares em Roraima, distribuída entre seis produtores rurais, a maioria do Rio Grande do Sul. A maior área mede 1,5 mil hectares. O plano do governo é alcançar a produção de 500 mil toneladas em dez anos.
Uma das limitações para o avanço do cultivo em Roraima é a inexistência de fontes locais de calcário para corrigir a acidez do solo. O vice-governador disse que o problema está sendo contornado por meio de acordos com os governos da Venezuela e do Amazonas, para tornar viável a importação do insumo, cuja aquisição terá subsídio de 50% do valor de compra. O governo subsidiaria também o óleo diesel para a produção agrícola.
Em discurso proferido nesta quinta, dia 26, na abertura do clico de palestras do Circuito Aprosoja, um dos eventos que fazem parte da programação do Encontro Nacional de Tecnologias de Safras (Entec), em Lucas do Rio Verde (MT), o vice-governador afirmou que o potencial é excepcional e que além a possibilidade de exportação pelo porto de Itacoatiara (AM), existem ainda 1.910 km de fronteiras com as Guianas e a Venezuela, que representam um mercado de 27 milhões de pessoas.
Rodrigues afirmou que já existe variedade de soja adaptada à região, que está concluindo agora o plantio da safra 2010/11. Ele disse que a intenção é incentivar apenas o cultivo de soja convencional, para que Roraima possa aproveitar a oportunidade de se tornar um fornecedor de grão não transgênico nos mercados que pagam prêmio pela matéria-prima. Ele tratou que tranquilizar os possíveis investidores sobre a segurança jurídica do empreendimento, afirmando de que não há nenhuma terra indígena na área onde será cultivada soja.